Mesmo com os recentes recuos dos preços da carne de frango, os altos patamares registrados no começo de abril garantiram aumento na média mensal. No atacado da Grande São Paulo, o frango inteiro congelado registra média de R$ 7,90/kg na parcial de abril (até o dia 28), 11,2% superior à de março e a maior, em termos nominais, desde outubro de 2021. Para o produto resfriado, a valorização mensal é de 11,9%, com a média a R$ 7,91/kg neste mês. Para os corte e miúdos, o cenário também foi de alta no comparativo mensal, principalmente para o peito e o filé de peito comercializados no atacado da Grande SP, cujos valores renovaram os recordes nominais nas respectivas séries do Cepea, iniciadas em 2004. Para o filé de peito congelado, a média da parcial de abril está em R$ 15,55/kg, alta de 8,6% frente à de março. Quanto ao peito, a média mensal está em R$ 11,66/kg, forte aumento de 18,8%. Segundo pesquisadores do Cepea, um dos principais fatores que vem mantendo em alta o preço médio da proteína no Brasil é o contexto internacional. A oferta mundial de carne de frango tem sido limitada por casos de gripe aviária em importantes países produtores, como os Estados Unidos. Além disso, o conflito na Ucrânia interrompeu a produção do país, que é um grande player mundial. Diante disso, a demanda externa tem se voltado ao Brasil. Relatório preliminar da Secex aponta que, nos 14 primeiros dias úteis de abril, a média de exportação diária de carne de frango in natura foi de 22,8 mil toneladas, a maior da série histórica, iniciada em 1997.
CITROS: COM BAIXA PROCURA, VENDAS E PREÇO DA LARANJA RECUAM; TAHITI SE VALORIZA
A comercialização de laranjas ainda não se aqueceu no estado de São Paulo. Segundo colaboradores do Cepea, o período de fim de mês limitou a demanda, movimento típico para a época. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera teve média de R$ 40,09/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 3,99% em comparação com a anterior. A rubi fechou com média de R$ 34,06/cx, desvalorização de 3,0% na mesma comparação. A tangerina poncã também está com preços menores nesta semana. Segundo colaboradores do Cepea, a procura diminuiu e há restrição de qualidade, por conta da incidência de doenças fúngicas. A média parcial da semana fechou a R$ 41,30/cx de 27 kg, na árvore, queda de 13,24% frente à da semana passada. Já para a lima ácida tahiti, o cenário foi de leve valorização. A média parcial da semana fechou a R$ 16,02/cx de 27 kg, colhida, alta de 2,89% no comparativo semanal. Para esta variedade, a expectativa é de redução da oferta em maio – principalmente a partir da segunda quinzena –, o que tende a favorecer as cotações.