As crescentes exportações brasileiras de carne de frango reduziram a oferta do produto no mercado interno. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário, aliado à ligeira melhora no consumo doméstico, devido ao início do mês, impulsionou as cotações domésticas do produto nos últimos dias na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. No atacado da Grande São Paulo, as altas entre 6 e 14 de setembro foram expressivas: de fortes 5,9% para o resfriado e de 3,5% para o congelado, que tiveram respectivas médias de R$ 3,62/kg e de R$ 3,56/kg nessa quinta, 14. Em agosto, as exportações brasileiras de carne de frango foram as maiores para o mês desde 1997, início da série histórica da Secex.
OVOS: EXPORTAÇÕES RECUAM 61% EM 2017
As exportações brasileiras de ovos estão enfraquecidas neste ano. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à atratividade do mercado interno, onde a demanda segue firme e os preços, em bons patamares – apesar da entrada do segundo semestre, quando a oferta costuma aumentar e os valores tendem a diminuir. Conforme a Secex, este ano (de janeiro a agosto), o Brasil exportou 117.949 mil caixas de ovos com 30 dúzias, volume 61% inferior ao do mesmo período de 2016, quando o País embarcou 303.388 mil caixas do produto. Em faturamento, o cenário também é de queda. O montante obtido com as exportações de ovos entre janeiro e agosto deste ano foi de US$ 3.106,151, total 29% inferior à receita dos embarques no mesmo período de 2016, de US$ 7.621,810. Já no mercado interno, as cotações têm variado pouco, mas permanecem acima dos valores praticados no mesmo período de 2016. Nessa quinta-feira, 14, as cotações do ovo tipo extra, vermelho, comercializado em Bastos (SP), eram 6% superiores às de 14 de setembro do ano passado. Para o ovo tipo extra, branco, a vantagem foi de 2% na mesma comparação.
CITROS: ALTA DAS TEMPERATURAS FAVORECE PROCURA E COTAÇÕES AUMENTAM
O clima mais quente no estado de São Paulo favoreceu a procura por laranja de mesa nos últimos dias. Segundo colaboradores do Cepea, a perspectiva é de que o cenário continue favorável, uma vez que as temperaturas devem seguir elevadas. No entanto, o clima mais seco tem prejudicado a qualidade das frutas em algumas regiões, principalmente onde as chuvas de agosto foram menos intensas (como em Bebedouro). Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera registrou média de R$ 16,88/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 1,4% frente ao período anterior. Para a lima ácida tahiti, o cenário também é positivo. Além do aumento da demanda interna, o volume de frutas prontas para a colheita segue reduzido, impulsionando as cotações. Na parcial da semana, o preço médio da tahiti paulista foi de R$ 61,17/cx de 27 kg, colhida, avanço de 41,3% em relação ao da semana passada.