Com a diminuição dos embarques aos dois principais destinos da carne de frango – China e Arábia Saudita –, o volume total exportado pelo Brasil recuou em setembro. Já no mercado interno, colaboradores do Cepea relataram que as vendas estão aquecidas, o que, somado à disponibilidade limitada de certos produtos, mantém em alta os preços domésticos da avicultura de corte. Alguns agentes do setor, inclusive, reportam dificuldades em fechar novos pedidos para atender às demandas externa e nacional. De acordo com dados divulgados pela Secex e compilados pelo Cepea, foram embarcadas 345 mil toneladas de carne de frango em setembro, volume 4,8% abaixo do observado em agosto e ainda 2,3% menor que o do mesmo mês de 2019.
CITROS: PREÇO DA TAHITI DISPARA; MÉDIA DA PERA EM SETEMBRO É A MAIOR DA SÉRIE PARA O MÊS
Os preços da lima ácida tahiti dispararam nesta semana, impulsionados pela baixa disponibilidade e pela demanda aquecida, favorecida pelo período de início de mês e pelo calor intenso no estado de São Paulo. Assim, a média está em R$ 79,26/cx de 27 kg, colhida, alta de 37% em relação à semana passada. Em setembro, os preços da fruta oscilaram com certa força, mas as quedas prevaleceram, diante da dificuldade no repasse dos preços por parte dos compradores. A média da variedade no mês passado foi de R$ 71,48/cx de 27 kg, colhida, recuo de 16% frente à de agosto, mas alta de 14% se comparada à de setembro/19, em termos nominais. Para a laranja pera, as cotações seguem em alta neste início de outubro no mercado in natura, movimento que vem sendo observado desde julho. Segundo colaboradores do Cepea, ainda que a participação de variedades tardias esteja aumentando, no geral, a oferta está restrita, ao passo que o consumo vem crescendo com força, devido às altas temperaturas. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a pera registrou média de R$ 35,09/cx de 40,8 kg, na árvore, valorização de 2,5% frente à semana anterior. Em setembro, especificamente, a pera teve média de R$ 32,78/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 9,2% em relação à de agosto e de expressivos 68% sobre a de setembro de 2019, em termos nominais. Trata-se, também, da maior média nominal para um mês de setembro, considerando-se toda a série do Cepea, iniciada em outubro de 1994.