Pelo terceiro mês consecutivo, as cotações na avicultura de corte registraram aumentos em agosto. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário se deve, principalmente, à elevada competitividade da proteína no mercado doméstico frente às concorrentes bovina e suína e aos embarques aquecidos, que atingiram o segundo maior volume do ano no mês passado – de acordo com informações da Secex, os embarques de carne de frango in natura somaram 340,7 mil toneladas em agosto, avanços de 0,9% frente a julho e de 1,8% na comparação com agosto/19. A boa liquidez da carne, tanto no mercado doméstico quanto no externo, impulsionou desde os preços do frango inteiro aos dos cortes e miúdos. Para o frango vivo, as cotações também registraram elevação, visto que a indústria aumentou a procura por animais para garantir o andamento das linhas de produção.
CITROS: CLIMA FAVORECE E COTAÇÕES SEGUEM EM ALTA
O clima quente tem favorecido o mercado de cítricos em São Paulo. Com a maior demanda doméstica e a redução da oferta de frutas de boa qualidade (as laranjas estão mais miúdas e murchas), devido ao baixo volume de precipitação nas regiões produtoras, as cotações estão se mantendo em alta, atingindo valores bastante superiores aos registrados no mesmo período de anos anteriores. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera registrou média de R$ 31,02/cx de 40,8 kg, na árvore, leve aumento de 0,7% em relação à da semana passada. A valência, por sua vez, foi negociada na média de R$ 27,09/cx de 40,8 kg, na árvore, praticamente estável (+0,1%) no mesmo comparativo. No mercado de lima ácida tahiti, a demanda também está mais aquecida (por conta do início do mês e das altas temperaturas), e os preços retomaram o movimento de alta. Além da baixa oferta neste período de entressafra, as poucas frutas disponíveis estão ficando amareladas, devido ao clima quente. Assim, na média parcial da semana, a tahiti foi negociada a R$ 78,90/cx de 27 kg, colhida, avanço de 14,1% em relação à da semana anterior. Caso bons volumes de chuva sejam registrados no estado paulista até o fim deste mês, a perspectiva é de que a oferta volte a aumentar na segunda quinzena de outubro. Quanto ao mercado externo, o ritmo dos envios de limão deve diminuir a partir da próxima semana. Apesar dos bons preços, as vendas estão enfraquecidas e a maior entrada de frutas do México vem dificultando ainda mais o escoamento do produto brasileiro para a Europa.