As três proteínas mais consumidas no Brasil registram alta de preços em agosto, de acordo com pesquisas do Cepea, mantendo a tendência de avanço observada em meses anteriores. No entanto, as valorizações das carnes bovina e suína são mais intensas do que as observadas ao frango. Dessa forma, a diferença entre as cotações médias das carcaças suína e bovina frente ao frango inteiro abatido nunca esteve tão ampla, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004. Esse momento histórico de expressiva competitividade da carne de frango, por sua vez, tem elevado a liquidez dessa proteína na ponta final da cadeia. A boa liquidez da carne de frango no mercado doméstico, favorecida justamente pela alta competitividade do produto nos últimos meses, segue sendo o fator dominante para elevação nos preços. No mercado de suínos, as cotações do vivo têm se elevado de maneira intensa, renovando os recordes reais em alguns estados, impulsionados pela combinação de oferta restrita e de embarques da carne aquecidos. Esse cenário, por sua vez, tem elevado os preços da carne. O cenário da carne bovina é similar ao da suína, com oferta restrita de animais para a abate e exportações aquecidas. Com isso, a carcaça casada bovina tem se sustentado no mercado doméstico.
CITROS: PREÇOS DA LARANJA SEGUEM FIRMES
De acordo com pesquisas do Cepea, apesar da demanda um pouco desaquecida (devido ao clima frio e ao período de fim de mês), as cotações da laranja seguem firmes, sustentadas pela menor disponibilidade de frutas de qualidade no mercado in natura. Na parcial da semana (de segunda a quinta-feira), a pera tem média de R$ 30,91/cx de 40,8 kg, na árvore, elevação de 1,6% em relação à do período anterior. A valência, por sua vez, apresenta melhor qualidade e, diante da oferta controlada de frutas, também segue com valores elevados. A média desta semana é de R$ 27,09/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 2,9% frente à da semana anterior. Para a lima ácida tahiti, mesmo com a oferta ainda restrita, o mercado não conseguiu absorver os elevados preços da fruta, o que resultou em menor demanda e em queda nos valores. Na parcial da semana, a tahiti tem média de R$ 70,03/cx de 27 kg, colhida, recuo de 22,9% em relação à do período anterior. Vale destacar, contudo, que produtores consultados pelo Cepea acreditam em recuperação dos preços da tahiti, fundamentados no fato de as frutas nas árvores ainda não terem atingido o estágio de maturação e tamanho ideais para colheita – os pomares precisam de mais chuvas para que o desenvolvimento seja favorecido.