As firmes demandas interna e externa por carne de frango, os embarques em alta e os baixos estoques dessa proteína estão elevando as cotações dos produtos da avicultura de corte neste último quadrimestre de 2017. Especificamente de 12 a 19 de outubro, os preços do frango inteiro congelado e resfriado subiram em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Quanto aos cortes, os valores da maioria dos produtos também se elevaram na capital paulista. Na Grande São Paulo, o produto congelado se valorizou 3% nos últimos sete dias, a R$ 3,84/kg nessa quinta-feira, 19. O resfriado, por sua vez, teve média a R$ 3,72/kg, alta de 0,8% no mesmo período. No mercado de cortes resfriados, também na região paulista, o valor da tulipa teve o aumento mais expressivo: de 3,6%, a R$ 9,76/kg nessa quinta.
OVOS: PODER DE COMPRA DO AVICULTOR RECUA ATÉ 12% EM OUTUBRO
O poder de compra do avicultor de postura de Bastos (SP) recuou de setembro para outubro, refletindo as valorizações do milho e do farelo de soja. Conforme cálculos do Cepea, neste mês, o produtor de ovos da região paulista consegue adquirir 157,8 quilos de milho com a venda de uma caixa com 30 dúzias do ovo tipo extra, branco, volume 12% menor que no mês anterior. Frente ao farelo de soja, o poder de compra do produtor diminuiu 9,8% na mesma comparação, sendo possível a compra de 80,06 quilos do insumo com a venda de uma caixa com 30 dúzias do produto. Apesar da redução do poder de compra do avicultor, as altas dos insumos permitem que os valores pedidos pelos ovos permaneçam em altos patamares, mesmo na segunda quinzena do mês, quando a demanda costuma se enfraquecer.
CITROS: MENOR QUALIDADE PRESSIONA VALORES DA PERA; TAHITI REGISTRA ALTA
As laranjas disponíveis no mercado de mesa têm apresentado qualidade inferior à demandada pelo segmento, cenário que tem pressionado levemente as cotações. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera teve média de R$ 19,94/caixa de 40,8 kg, na árvore, leve recuo de 1% frente ao período anterior. No caso da lima ácida tahiti, as cotações oscilaram nos últimos dias. Conforme colaboradores do Cepea, a tahiti entrou no mercado de mesa ainda miúda – colhida na semana em que os preços atingiram o pico de negociação do ano (de até R$ 100,00/cx). Com a dificuldade de escoamento, porém, citricultores teriam interrompido novamente a produção, impulsionando os valores no decorrer da semana. Entre 16 e 19 de outubro, a média da variedade foi de R$ 72,28/cx de 27 kg, colhida, recuo de 4% em relação ao período anterior.