As cotações da carne e do frango vivo subiram ao longo de julho, em movimento de recuperação, de acordo com informações do Cepea. Os valores foram impulsionados pela demanda nacional aquecida e pela oferta controlada de animais para abate – na indústria, agentes também relatam diminuição no ritmo de produção. Além disso, a valorização de importantes insumos da atividade (como milho e farelo de soja) também influenciaram as altas domésticas da carne e do animal vivo. As condições favoráveis de mercado para a carne de frango, com oferta controlada e boa liquidez no mercado doméstico, compensam o enfraquecimento das exportações do setor. Segundo relatório parcial da Secex, nos 18 primeiros dias úteis de julho, foram embarcadas 15,3 mil toneladas/dia de carne de frango, recuo de 4,7% frente à média de junho e ainda 5,5% abaixo do ritmo verificado em julho/19.
CITROS: DE JUNHO PARA JULHO, PREÇO MÉDIO DA TAHITI SOBE 84%
A oferta de lima ácida tahiti esteve controlada no estado de São Paulo ao longo de julho, fator que manteve os preços em patamares superiores aos de 2019. O valor médio deste mês é o maior para julho, considerando-se toda a série histórica nominal do Cepea, iniciada em 1996, e também o mais elevado do ano, de R$ 59,73/cx de 27 kg, colhida, avanços de 84,24% frente a junho/20 e de 141,92% em relação a julho/19. No campo, pesquisadores do Cepea indicam que pomares com irrigação têm apresentado bom desenvolvimento, mas são a minoria. Nas áreas não irrigadas, o clima quente e seco vem comprometendo o tamanho dos frutos. Com isso, produtores devem ficar atentos ao clima em agosto, à espera de chuvas.