As recentes fortes altas das cotações do milho e do farelo de soja e as quedas nos valores do frango vivo têm deixado o setor avícola em alerta. Esse cenário tem reduzido o poder de compra de produtores frente a esses insumos, que integram os principais custos do setor. Segundo a Equipe de Grãos do Cepea, apesar do período de colheita da safra de verão de milho e dos bons volumes ainda em estoques, a retração vendedora e incertezas quanto à segunda safra nacional e à produção argentina têm impulsionado os preços do cereal. Quanto ao farelo de soja, a Equipe de Grãos indica que as altas se devem à quebra na produção de soja na Argentina e à maior procura doméstica pelo derivado. Já no mercado de frango, as fracas demandas interna e externa seguem pressionando as cotações do animal e também da carne negociada no atacado.
OVOS: PROCURA ELEVADA E OFERTA EQUILIBRADA MANTÊM PREÇOS EM ALTA
As cotações de ovos fecharam a primeira quinzena de março em alta em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Cepea, a firme demanda pelo produto, devido ao período de Quaresma e também ao início de mês (quando o poder aquisitivo do consumidor é maior), sustentou os preços no período. Além disso, a oferta não está muito elevada, contribuindo para as sucessivas valorizações. Nos primeiros 15 dias de março, o ovo tipo extra, vermelho, teve preço médio de R$ 109,97/caixa de 30 dúzias na região de Bastos (SP), 22% superior ao do mesmo período do mês passado. O preço médio do ovo tipo extra, branco, por sua vez, registrou alta de 18,2% na mesma comparação, fechando a R$ 83,71/cx.
CITROS: BAIXA OFERTA DE LARANJAS DE QUALIDADE SUSTENTA VALORES
A oferta de laranja de boa qualidade segue limitada em todo o estado de São Paulo, sustentando as altas dos preços de todas as variedades acompanhadas pelo Cepea neste primeiro trimestre. A pera temporã, inclusive, já é negociada acima dos R$ 30,00/cx no mercado de mesa paulista. Entre 12 e 15 de março, a laranja pera teve média de R$ 30,96/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 11,5% em relação à da semana anterior. No caso da lima ácida tahiti, a demanda industrial ainda firme tem controlado o volume no mercado de mesa. Além disso, a procura no mercado doméstico esteve mais aquecida nos últimos dias, conforme produtores consultados pelo Cepea. Nesta semana, a tahiti teve média de R$ 14,17/cx de 27 kg, colhida, alta de 5,6% em relação à da semana passada.