As cotações das carnes de frango resfriada e congelada apresentaram alta no correr de novembro na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. As valorizações mais expressivas foram observadas no atacado da Grande São Paulo, onde o frango resfriado foi negociado, em média, a R$ 4,53/kg, alta de 6,5% frente ao de outubro, e o congelado, a R$ 4,52/kg, elevação de 5,5% no mesmo comparativo. Em Toledo (PR), o avanço dos preços em relação a outubro foi menos intenso, de 3,2% para a carne resfriada e de 3,4% para a congelada, comercializadas, respectivamente, a R$ 4,54/kg e a R$ 4,46/kg, na média de novembro. O movimento altista é resultado da diminuição no volume de animais para abate e do ritmo mais aquecido de embarques da proteína neste segundo semestre. De acordo com dados da Secex, as exportações da proteína nos 20 dias úteis de novembro totalizaram 296,6 mil toneladas, enquanto em outubro (22 dias úteis), o volume somou 338,1 mil toneladas. As demais carnes mais consumidas no Brasil (suína e bovina) também registraram valorização em novembro, mas a intensidade foi inferior àquela observada para o frango. No atacado da região paulista, o preço médio da carcaça especial suína teve alta de 3,5% de outubro para novembro, enquanto os preços da carcaça casada bovina subiram ligeiro 0,3%. Nesse contexto, a carne de frango perdeu competitividade frente às principais substitutas.
PODER DE COMPRA – Em novembro, a média das cotações do milho, negociado em Campinas (SP), permaneceu muito próxima à do mês anterior, a R$ 35,80/saca de 60 quilos. Ainda na mesma região, os valores para o farelo de soja cederam 3,5% de outubro para novembro, a R$ 1.266,35/tonelada no último mês. Mesmo com a desvalorização do derivado da soja e com a manutenção de preços para o cereal, a queda nos valores do frango vivo em novembro pressionou o poder de compra do avicultor de corte. Na Grande São Paulo, o frango vivo foi negociado a R$ 2,99/kg em novembro, contra R$ 3,16/kg em outubro. Nesse contexto, o produtor conseguiu comprar 5 quilos de milho, ou 2,37 quilos de farelo de soja, com a venda de um quilo de frango vivo, quantidades 5,9% e 1,5% inferiores às de outubro, respectivamente.