As proteínas avícola e suína, ambas negociadas no mercado atacadista da Grande São Paulo, vêm registrando valorizações nesta parcial de junho (até o dia 12). Pesquisadores do Cepea alertam, contudo, que os avanços nos preços da carne suína se destacam. Já no caso da proteína bovina, os valores apresentam queda de maio para junho. Diante disso, a competitividade da carne de frango tem crescido frente à carne suína, mas diminuído em relação à bovina. Dados do Cepea mostram que, enquanto em maio a carcaça suína era negociada a 3,07 Reais/kg acima da carne de frango, nesta parcial de junho, a diferença ampliou-se para 3,14 Reais/kg, evidenciando, assim, o aumento da competitividade da proteína avícola frente à suína. Para a carne bovina, a diferença média passou de 9,33 Reais/kg em maio para 8,75 Reais/kg em junho, tornando a carne bovina mais atrativa ao consumidor.
CITROS: DEMANDA ESTÁ FRACA, MAS BAIXA OFERTA MANTÉM PREÇO FIRME
Com as temperaturas um pouco mais baixas, colaboradores consultados pelo Cepea têm relatado demanda enfraquecida por laranja. Apesar disso, os preços da fruta no mercado in natura seguem altos, devido à oferta limitada e aos valores elevados também da indústria. Na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), o preço médio da laranja pera na árvore alcançou R$ 84,60/caixa de 40,8 kg, aumento de 0,88% em relação ao período anterior. Enquanto isso, a demanda pela tangerina poncã se mantém firme. Nesta semana, a fruta está sendo comercializada à média de R$ 63,39/caixa de 27 kg, na árvore, pequena queda de 1,46% em comparação com a semana anterior.
MILHO: MAIOR RITMO DE COLHEITA PRESSIONA COTAÇÕES
Os preços do milho caíram na última semana na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com pesquisadores deste Centro, a pressão vem do avanço da colheita em um ritmo acima do verificado no ano anterior. De modo geral, as negociações estão lentas no spot. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que muitos produtores comecem a aumentar o volume disponibilizado, uma parcela, receosa quanto aos impactos do clima adverso sobre as lavouras, segue limitando a oferta. Do lado da demanda, conforme colaboradores consultados pelo Cepea, consumidores recebem lotes negociados antecipadamente ou priorizam a utilização dos estoques, adquirindo poucos lotes no spot, à espera de novas desvalorizações.
MANDIOCA: PLANTIO AVANÇA EM DETRIMENTO DA COLHEITA
Produtores de mandioca, sobretudo do Paraná, diminuíram o ritmo de colheita e comercialização na última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, isso se deve ao fato desses agentes estarem priorizando atividades relacionadas ao plantio – separação de manivas, preparo de solo e semeadura – ou por conta da menor disponibilidade de áreas para entrega imediata. Nesse cenário, conforme pesquisadores do Cepea, uma parcela de fecularias continuou se abastecendo em praças mais distantes, em muitos casos nas de Mato Grosso do Sul, havendo disparidades regionais quanto às ofertas.