Na primeira quinzena de setembro, a carne de frango negociada no atacado da Grande São Paulo se valorizou de maneira mais intensa que as principais substitutas, as proteínas bovina e suína. Diante disso, a competitividade da carne avícola frente a essas substitutas caiu pelo quarto mês consecutivo – na comparação com a carcaça suína, a competitividade do frango inteiro na parcial deste mês é a menor desde setembro de 2012. Levantamento do Cepea mostra que, na média deste mês (até o dia 15), a diferença entre a carcaça especial suína, também comercializada na Grande São Paulo, e o frango inteiro é de apenas 1,19 Reais/kg, 50,4% menor que a registrada no mesmo período de agosto e 80,4% abaixo da observada na primeira metade de setembro de 2020. Segundo colaboradores do Cepea, apesar dessa redução na competitividade, a proteína de frango segue apresentando boa liquidez no mercado doméstico, visto que ainda é a carne mais barata dentre as mais consumidas no País. Com demanda e produção ajustadas, o setor avícola de corte consegue repassar os custos de produção à carne, garantindo sua margem.
CITROS: BAIXA OFERTA IMPULSIONA PREÇOS DA LARANJA E DA TAHITI
A menor disponibilidade de laranjas vem resultando em altas nos preços das frutas destinada à indústria e ao mercado de mesa. Para processamento, as cotações estão entre R$ 28,00 e R$ 30,00/cx nas grandes fábricas, enquanto no mercado de frutas frescas, os valores já ultrapassaram os R$ 40,00/cx de 40,8 kg, na árvore, para a variedade pera. Nesta semana, segundo colaboradores do Cepea, a baixa qualidade das laranjas seguiu valorizando as melhores frutas, cujos valores estão elevados. Entre segunda e quinta-feira (13 – 16), a pera foi comercializada na média de R$ 45,24/cx de 40,8 kg, na árvore, avanço de 3,4% frente à da semana anterior. Para a valência, a média semanal foi de R$ 36,70/cx, aumento de 1,3% no mesmo comparativo. Vale destacar que a procura pelas variedades tardias vem se intensificando, devido aos preços mais atrativos em comparação com os da pera. Quanto à lima ácida tahiti, os preços reagiram nesta semana, após sucessivas quedas. Isso porque, segundo pesquisadores do Cepea, a oferta diminuiu, já que a queda de frutos também está significativa. Assim, na parcial desta semana, a média fechou a R$ 32,88/cx de 27 kg, colhida, alta de 8,1% no mesmo comparativo.