Levantamentos do Cepea mostram que carne de frango vem perdendo competitividade frente à suína, mas ganhando em relação à bovina. Segundo o Centro de Pesquisas, as cotações da proteína avícola estão em alta desde julho, impulsionada pela demanda doméstica aquecida e pelo bom desempenho das exportações. Já os preços da carne suína apresentam queda neste mês frente ao anterior, diante da baixa liquidez e da oferta interna elevada, enquanto os de boi avançam, ainda conforme pesquisas do Cepea.
OVOS: Produção bate novo recorde e mantém preços em queda no 3º tri
A produção brasileira de ovos para consumo segue em alta neste ano, alcançando novo recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Foram 332,78 milhões de dúzias produzidas em julho, volume 13,2% superior ao do mesmo período de 2023. No acumulado do terceiro trimestre, a produção somou 986,6 milhões de dúzias, aumento de 3,1% frente ao trimestre anterior e de expressivos 10,5% sobre igual intervalo do ano passado. Com a maior oferta de ovos no mercado doméstico, levantamentos do Cepea mostram que as cotações seguiram em queda no terceiro trimestre deste ano. Em Bastos (SP), principal região produtora do estado de São Paulo, a caixa com 30 dúzias do ovo tipo extra branco teve média de R$ 152,33 entre julho e setembro, recuo de 15,3% em relação ao trimestre anterior, em termos nominais. Para o tipo vermelho, na mesma comparação, a baixa foi de 16,6%, com o preço médio passando para R$ 149,70/cx.
CITROS: Preços seguem enfraquecidos
O preço médio da laranja de mesa está em R$ 111,39/caixa de 40,8 kg na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), recuo de 1,4% sobre o do período anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, o calibre da fruta tem melhorado, embora a oferta continue baixa no mercado. Para a lima ácida tahiti, as cotações seguem em forte queda, influenciadas pela proximidade da safra principal da fruta e pela melhora da qualidade. A caixa de 27,2 kg da lima ácida tahiti foi negociada à média de R$ 41,30 na parcial desta semana, 14,88% inferior à do período anterior. Novo relatório divulgado este mês pelo Fundecitrus mostra que produtores do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro devem colher 223,14 milhões de caixas de 40,8 kg de laranja safra 2024/25, aumento de 7,36 milhões de caixas (ou de 3,4%) frente ao indicado em setembro/24, mas ainda 9,24 milhões de caixas (ou 4%) abaixo da primeira estimativa, de maio/24. Assim, a safra atual pode ficar 27,4% menor que a anterior.