De acordo com pesquisadores do Cepea, as cotações da carne de frango estão elevadas no mercado interno, impulsionadas pelo aquecimento das demandas interna e externa. A valorização dessa proteína, inclusive, tem superado os aumentos observados nos preços de carnes substitutas, como a bovina e suína, cenário que tem reduzido a competitividade do frango. Sobre a procura externa, dados preliminares da Secex (que consideram os nove primeiros dias úteis de setembro) indicam que o volume diário de carne de frango in natura embarcada pelo Brasil supera em 26% o registrado em agosto. Caso esse ritmo se mantenha, o País pode fechar setembro apresentando bom desempenho nas exportações.
OVOS: OFERTA ELEVADA PRESSIONA COTAÇÕES NO MERCADO INTERNO
Os preços dos ovos brancos tipo extra e vermelhos estão em queda em setembro, devido ao grande volume de ovos disponível no mercado interno. Segundo agentes consultados pelo Cepea, a oferta da proteína começa a dar sinais de redução em algumas regiões, mas, na maioria delas, ainda há excesso de ovos. Até o final do mês, a expectativa é que esse cenário melhore, visto que as vendas costumam diminuir na segunda quinzena, devido ao menor poder aquisitivo da população. Vale ressaltar que o excedente interno também tem reduzido de forma gradativa o poder de compra do avicultor de postura frente aos principais insumos utilizados na atividade (milho e farelo de soja).
CITROS: MENOR RITMO DE COLHEITA E CONTROLE DA OFERTA SUSTENTAM PREÇOS
Com o menor ritmo de colheita nas roças, devido às chuvas, e o consequente controle da oferta de todas as variedades, os preços da laranja se sustentaram nesta semana, de acordo com levantamento do Cepea. Assim, a média da pera, na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), é de R$ 31,79/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 2,2% frente à anterior. Quanto à lima ácida tahiti, pesquisas do Cepea apontam que os valores dispararam novamente no início desta semana, por conta da interrupção da colheita, ultrapassando os R$ 100,00/cx de 27 kg, colhida. Com o passar dos dias e a retomada das atividades, porém, os valores recuaram, mas ainda estão elevados. Na parcial da semana, a média da tahiti é de R$ 88,02/cx de 27 kg, colhida, alta de 18,6% em relação à anterior. Assim como para a laranja, as precipitações devem favorecer o desenvolvimento das floradas de tahiti – a colheita está prevista para meados de novembro.