O movimento de alta dos preços do frango inteiro, observado na primeira quinzena deste mês, perdeu força e/ou foi interrompido em algumas praças, conforme a oferta e a demanda pela proteína se normalizam – as altas registradas no início de junho estiveram atreladas principalmente aos problemas decorrentes da paralisação dos caminhoneiros. Enquanto no período pós-paralisação as vendas de frango foram intensas, impulsionado as cotações do animal vivo e da carne, nesta segunda quinzena de junho, o ritmo de negociação diminui, resultando em quedas nos preços em parte das praças acompanhadas pelo Cepea. Entre 14 e 21 de junho, o frango resfriado, comercializado no atacado do estado de São Paulo, se desvalorizou 7,8%, passando para R$ 4,34/kg nessa quinta-feira, 21. Quanto ao frango congelado, houve queda de 7,2% na mesma base de comparação, a R$ 4,42/kg no dia 21. Apesar das desvalorizações em algumas praças, os atuais patamares de preços estão superiores aos praticados até a paralisação dos caminhoneiros. Na parcial deste mês (até o dia 21), o valor médio do frango resfriado, comercializado no atacado de São Paulo, está 40,2% maior que a de maio. Para o frango congelado, a valorização é de 40,6%.
OVOS: MENOR DEMANDA E ESTABILIZAÇÃO DA PRODUTIVIDADE PRESSIONAM VALORES
Os preços dos ovos voltaram a cair no mercado doméstico, refletindo a relativa estabilização da produtividade das poedeiras e o enfraquecimento da demanda. Segundo colaboradores do Cepea, o setor baixou as cotações da proteína com o objetivo de escoar a produção. Assim, o ovo branco tipo extra para retirada em Bastos (SP) teve preço médio de R$ 85,41 por caixa com 30 dúzias nessa quinta-feira, 21, valor 10% menor que o registrado na quinta anterior, 14. Já o produto posto em Belo Horizonte (MG) teve valor médio de R$ 92,18/cx, desvalorização de 9,3% na mesma comparação. Quanto aos ovos vermelhos, a média para retirada em Bastos foi de R$ 96,49/cx nesta quinta, recuo de 11,9% nos últimos sete dias. Para o produto posto em Belo Horizonte, a média foi de R$ 103,45/cx, 11,1% menor.
CITROS: OFERTA REDUZIDA SUSTENTA PREÇOS DA LARANJA; TAHITI SE DESVALORIZA
Os preços da laranja têm se sustentado no mercado doméstico, devido à menor oferta de frutas no estágio de maturação demandado pelo mercado in natura – que tiveram o ciclo de desenvolvimento atrasado nos primeiros meses deste ano. Além disso, segundo colaboradores do Cepea, a demanda industrial já está se intensificando, enxugando a oferta no mercado de mesa paulista. Na parcial desta semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera teve preço médio de R$ 26,29/cx de 40,8 kg, na árvore, leve alta de 0,4% frente à média da semana anterior. Já para a lima ácida tahiti, a maior disponibilidade, associada à menor procura, tem impedido reação dos preços. Nesse cenário, relatos indicam que produtores podem interromper novamente a colheita da variedade, para impulsionar os valores. A preocupação, porém, é com uma possível perda de qualidade, tendo em vista que a colheita de tahiti já não tem sido intensa. Na parcial desta semana, o valor médio de comercialização da variedade no mercado nacional foi de R$ 24,43/cx de 27 kg, colhida, queda de 17,2% em relação ao da semana passada.