Ainda devido a dificuldades em escoar a produção de frango, as cotações da carne seguem em queda no mercado interno. Em muitas praças acompanhadas pelo Cepea, o preço médio do frango inteiro de fevereiro registra o menor patamar real desde 2006. Segundo agentes do setor consultados pelo Cepea, mesmo com os menores patamares, as vendas não têm se aquecido. Esse cenário, por sua vez, deve resultar em oferta elevada de carne neste início de março.
OVOS/CEPEA: PREÇOS DE OVOS BRANCOS E VERMELHOS TÊM A MAIOR DIFERENÇA DA SÉRIE
A diferença média entre os preços dos ovos tipo extra brancos e vermelhos atingiu 20,75 reais por caixa de 30 dúzias nesta quinta-feira, 1º (produto a retirar em Bastos – SP), a maior de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2013. Esse resultado está atrelado à menor oferta de ovos vermelhos, o que resultou em uma maior alta de preço para este tipo frente ao branco. A baixa disponibilidade de ovos, por sua vez, se deve ao forte calor e aos elevados custos de produção, especialmente dos insumos para ração, como o milho e farelo de soja. De acordo com levantamento do Cepea, em fevereiro, o diferencial médio das cotações dos produtos branco e vermelho aumentou expressivos 72,4% frente ao de janeiro, passando de 9,49 reais por caixa, para 16,36 reais por caixa na região paulista de Bastos. Ao longo de fevereiro, ambos os produtos apresentaram expressivas valorizações. O preço da caixa do ovo tipo extra, branco, subiu 24% em Bastos. Nesse mesmo período, a alta no valor do ovo tipo extra, vermelho, foi ainda maior, de 31,8%.
CITROS: DEMANDA SE AQUECE, MAS BAIXA OFERTA SEGUE IMPULSIONANDO PREÇOS
A demanda por laranja esteve um pouco mais aquecida nos últimos dias, segundo colaboradores do Cepea, mas a baixa oferta de frutas com qualidade é o que continua impulsionando os preços. De 22 de fevereiro a 1º de março, a média da pera é de R$ 26,08/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 7,1% ante a semana passada. No caso da lima ácida tahiti, o clima mais firme nas regiões produtoras acompanhadas pelo Cepea favoreceu a colheita nos últimos dias. Pesquisas do Cepea apontam que o volume no mercado de mesa, porém, continua sendo controlado pelas elevadas demandas industrial e externa, o que evita quedas significativas dos preços. Na parcial da semana, a tahiti foi comercializada à média de R$ 13,42/cx de 27 kg, colhida, leve recuo de 3,8% em relação à semana passada.