O poder de compra de avicultores frente aos principais insumos utilizados na atividade, milho e farelo de soja, diminuiu de outubro para novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado à queda nos preços do frango vivo e às altas nas cotações desses insumos. Com isso, o produtor já acumula sete meses consecutivos de redução no poder de compra frente ao farelo e três meses em relação ao milho. Nesse cenário, novembro registra o momento mais desfavorável ao avicultor – tanto frente ao derivado da oleaginosa quanto frente ao cereal – desde fevereiro de 2019. Parte dos agentes consultados pelo Cepea espera que o avicultor recupere, aos poucos, o poder de compra nos próximos meses, fundamentados em um possível movimento de alta dos preços da carne de frango no mercado atacadista e, consequentemente, do animal vivo. Neste caso, os patamares recordes das cotações das principais carnes concorrentes, bovina e suína, podem motivar um aquecimento na demanda pela proteína de frango, que tem preço mais competitivo. De outubro para novembro (até o dia 28), o frango vivo negociado na Grande São Paulo se desvalorizou 1,7%, para a média de R$ 3,21/kg neste mês, a menor desde março/19, em termos nominais. Segundo colaboradores do Cepea, o movimento de baixa está atrelado à maior oferta de animais prontos para abate em algumas localidades.
CITROS: PREÇO DA LARANJA SE ESTABILIZA; PARA A TAHITI, MENOR CALIBRE PRESSIONA VALORES
O mercado de mesa de laranjas está calmo e os preços estão praticamente estáveis nesta última semana do mês. Agentes consultados pelo Cepea avaliam que o período de fim de mês pode ter limitado o consumo neste segmento. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera registrou preço médio de R$ 27,30/caixa de 40,8 kg, na árvore, estável (-0,6%) em relação ao da semana passada. Para a lima ácida tahiti, os valores têm se enfraquecido, influenciados pelo aumento da oferta de frutos de menor calibre. Na parcial de novembro, a variedade registra média de R$ 73,91/cx de 27 kg, colhida, queda de 11,6% em relação à de outubro. Nesta semana, especificamente, os preços da variedade estiveram discrepantes: enquanto a fruta de maior calibre foi negociada por volta de R$ 50,00/cx, as menores chegaram a R$ 25,00/cx. Assim, a média parcial da tahiti no período foi de R$ 45,10/cx, forte recuo de 21,7% em relação à da semana passada.