Apesar da valorização da carne de frango brasileira no mercado internacional e das quedas do preço interno, as exportações do produto vêm recuando há três meses. Em agosto, os embarques do produto in natura totalizaram 382,72 mil toneladas, em setembro, 355,2 mil t, e em outubro, 335,2 mil t. Segundo pesquisadores do Cepea, a redução das vendas externas pode estar atrelada justamente aos elevados patamares de preços da carne brasileira no mercado internacional, que reduzem a competitividade do produto. Esse cenário, por outro lado, é atrativo ao setor avícola brasileiro, visto que é uma boa oportunidade de se obter maiores receitas, mesmo com menores volumes embarcados. Até a terceira semana de novembro, segundo dados da Secex, o preço médio da carne de frango in natura brasileira exportada foi de R$ 5,46/kg, aumento de 2,5% frente ao de outubro e 3,1% acima da média de novembro/16, em termos reais. Esse preço também é o maior desde fevereiro/16 (valores deflacionados pelo IPCA de out/17).
OVOS: OFERTA COMEÇA A DAR SINAIS DE ELEVAÇÃO; PREÇO SEGUE ESTÁVEL
As cotações dos ovos estão praticamente estáveis neste final de mês, apesar da demanda enfraquecida, típica para o período. Conforme colaboradores do Cepea, o volume disponível está relativamente equilibrado na maioria das regiões acompanhadas, mas a oferta já começa a dar sinais de aumento em algumas praças, principalmente em Minas Gerais. Nesse cenário, o avicultor de postura volta-se ao armazenamento do produto, já que a associação de chuvas com temperaturas elevadas pode comprometer a qualidade dos ovos em estoque.
CITROS: PREÇO DA LARANJA SEGUE ESTÁVEL; TAHITI REGISTRA ALTA
As chuvas dos últimos dias atrapalharam a colheita das frutas e o carregamento dos caminhões, levando produtores a destinar uma menor quantidade de cítricos ao mercado de mesa. Assim, as cotações permaneceram firmes, tanto da laranja in natura quanto da lima ácida tahiti. Quanto à demanda, segue firme para a pera com melhor qualidade e também para as tardias. Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera teve média de R$ 20,92/caixa de 40,8 kg, na árvore, estável (+ 0,1%) em relação à semana passada. Para a tahiti, a interrupção da colheita reduziu a oferta nos mercados interno e externo, valorizando ainda mais a fruta graúda, que segue escassa em São Paulo. Na parcial da semana, a variedade teve média de R$ 57,73/cx de 27 kg, colhida, alta de 4,3% em relação à semana anterior.