Entre maio e junho, os embarques brasileiros de carne de frango tiveram leve aumento, mas a alta poderia ter sido mais expressiva caso a China, líder das importações, não tivesse diminuído em 10% o volume comprado da proteína brasileira no período. Segundo dados da Secex, as exportações de carne de frango in natura, salgada e industrializada subiram apenas 1,3% de maio para junho, somando 386,2 mil toneladas. Especificamente para a China, os embarques brasileiros totalizaram 49,6 mil toneladas. Em receita, considerando-se todos os destinos, as vendas externas renderam US$ 639,6 milhões, o equivalente a R$ 2,5 bilhões. De maio para junho, a receita em dólar teve queda de 3% e, em Reais, de 6%.
CITROS: FRIO DIMINUI CONSUMO; PREÇO DA LARANJA FICA ESTÁVEL
O clima frio no estado de São Paulo nos últimos dias reduziu o consumo de cítricos. Segundo colaboradores do Cepea, apesar das geadas pontuais em algumas regiões produtoras (principalmente no sudoeste paulista), não houve perdas nos pomares. Na parcial da semana (de segunda a quinta-feira), a laranja pera teve média de R$ 18,00/caixa de 40,8 kg, na árvore, estável (+0,3%) frente à anterior. Para a lima ácida tahiti, além da redução da oferta (devido ao encerramento da colheita das frutas produzidas no primeiro semestre do ano), as chuvas da semana passada elevaram as cotações de forma expressiva. Na parcial desta semana, a tahiti foi negociada a R$ 28,45/cx de 27 kg, colhida, alta de 40% em relação ao período anterior.
CENOURA: JULHO REGISTRA SOBREPOSIÇÃO DE SAFRAS
Julho é o período de transição da safra de verão de cenoura para a de inverno. Assim, como era esperado, uma sobreposição das temporadas tem sido observada: a colheita de verão está chegando ao fim, enquanto a de inverno se iniciou (ainda que lentamente) em quase todas as regiões acompanhadas pelo Hortifrúti/Cepea – a única exceção é Marilândia do Sul (PR), que deve começar as atividades somente em agosto. Neste ano, a intensificação da temporada de inverno será tardia e está prevista somente para o final do próximo mês, uma vez que chuvas excessivas e temperaturas acima da média postergaram o semeio das áreas no momento do plantio, que se iniciou em março. Além disso, o frio dos últimos dias pode prolongar o desenvolvimento das raízes. Em São Gotardo (MG), as cenouras de verão ainda predominam no mercado e alguns produtores começaram a colher as áreas de inverno nesta semana. Considerando-se que as variedades de inverno apresentam maior resistência a mudanças climáticas, a perspectiva é de que a produtividade se eleve neste mês.
SUÍNOS: MUDANÇA METODOLÓGICA ENTRA EM VIGOR A PARTIR DE 1º DE AGOSTO DE 2019
A partir de 1º de agosto de 2019, os Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ terão como base os valores recebidos por produtores independentes. Dessa forma, em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, os preços recebidos pelos produtores integrados deixam de ser incluídos no cálculo dos Indicadores. Além disso, os negócios a prazo passarão a ser convertidos para à vista com base na Taxa CDI (até o final de julho de 2019, a taxa de desconto utilizada é a NPR). Quanto à ponderação dos Indicadores, na metodologia a ser adotada a partir de 1º de agosto de 2019, o peso de cada uma das regiões para o cálculo das médias estaduais será variável, de acordo com o rebanho de suínos dos municípios que constam na amostra do dia (até o encerramento de julho de 2019, a ponderação é fixa e tem como base o rebanho de todos os municípios que formam cada uma das regiões). Ressalta-se que as informações quanto ao rebanho de suínos dos municípios são provenientes da Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE.