A carne de frango, que é tradicionalmente a proteína mais consumida pelos brasileiros devido ao menor preço frente ao das principais concorrentes (bovina e suína), vem se encarecendo nos últimos meses, com destaque para as altas de maio.
O movimento altista das cotações da proteína tem favorecido especialmente os exportadores. Para os agentes que comercializam apenas no mercado doméstico, porém, os aumentos passaram a limitar a liquidez. Uma vez que o frango vivo também tem se valorizado, agroindústrias alegaram dificuldades em reduzir o preço de venda da carne.
No atacado da Grande São Paulo, o preço do frango inteiro congelado registrou média de R$ 4,81/kg em maio, o maior patamar real desde outubro/16 (os valores foram deflacionados pelo IPCA de abril/19). Ainda em termos reais, a média de maio supera em 2,7% à de abril/19 e em 39,2% à de maio/18. As altas estiveram atreladas à produção mais ajustada neste ano frente à de 2018 e ao bom ritmo dos embarques da carne.
As maiores altas nas cotações do produto foram observadas no Paraná e em Santa Catarina, principais estados exportadores. O preço médio do frango inteiro congelado na região paranaense foi de R$ 5,06/kg em maio, 5,7% acima do de abril e 23,3% superior ao de maio do ano passado. Foi, também, a maior média desde outubro/16, quando esteve em R$ 5,22/kg, em termos reais.
Na região catarinense, o preço do frango inteiro congelado de maio, de R$ 4,89/kg, teve alta de 5% frente abril e de 50,3% no comparativo com maio/18, sendo o maior patamar real desde novembro/16 quando foi negociado em R$ 4,94/kg.
EXPORTAÇÃO – De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), considerando-se a carne in natura, foram embarcadas em maio 345,9 mil toneladas, quantidade 10,84% maior que a registrada em abril/19 e 10% acima da verificada em maio/18. Trata-se, também, do maior volume desde agosto/18.