Os preços da carne de frango negociada no atacado da Grande São Paulo têm caído em março, mas em menor intensidade frente às concorrentes (bovina e suína), resultando em perda de competitividade da proteína avícola. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores da carne de frango, que vinham em alta desde meados de janeiro, passaram a cair na segunda quinzena de fevereiro, pressionados pela demanda enfraquecida. Em relação ao abate, apesar da estratégia do setor em reduzir o alojamento de aves a partir do segundo trimestre de 2023, o número do ano passado foi recorde, levando-se em consideração a série histórica do IBGE, iniciada em 1997. Foram 6,2 bilhões de animais abatidos, incremento de 2,8% frente ao ano anterior. Vale lembrar que 2023 foi marcado por forte queda dos preços da carne de frango e do vivo, em decorrência da oferta doméstica elevada.
SUÍNOS: PODER DE COMPRA CAI EM RELAÇÃO AO MILHO, MAS SOBE FRENTE AO FARELO
O poder de compra de suinocultores paulistas tem caído em relação ao milho, mas avançado frente ao farelo de soja, conforme apontam pesquisas do Cepea. Isso porque, enquanto os preços do suíno vivo posto frigorífico no mercado independente apresentam leves quedas em março, os do cereal seguem firmes e os do derivado da oleaginosa caem com força. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar das recentes valorizações do animal, a menor procura por parte da indústria no início do mês pressionou a cotação média mensal do suíno. Para o milho, de acordo com a Equipe Grãos/Cepea, o baixo volume de estoques e as valorizações externas vêm sustentando os preços em regiões paulistas; já no caso do farelo, consumidores estão se abastecendo aos poucos, fundamentados na possível maior oferta do derivado diante do aumento na demanda por óleo de soja.