Os valores da carne de frango estão em alta no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, o aquecimento das vendas no mercado interno (o que pode estar atrelado a flexibilizações das medidas restritivas impostas em muitas cidades para conter o avanço da pandemia de covid-19) explica o avanço dos preços. Além disso, as exportações brasileiras da carne registram bom desempenho, limitando a oferta doméstica e reforçando o suporte aos preços internos. Nas primeiras semanas de abril (11 dias úteis), a média diária de embarque de carne de frango foi de 19,8 mil toneladas, 24% acima da de março deste ano e 23,4% superior à de abril/20, de acordo com relatório parcial da Secex. Colaboradores do Cepea indicam que as exportações têm sido uma ótima alternativa para driblar os momentos de instabilidade do mercado interno provocados pelas restrições de abertura de bares e restaurantes.
SUÍNOS: PREÇO DO VIVO VOLTA A PATAMAR DE NOV/20
As cotações do suíno vivo e da carne continuam em movimento de recuperação em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, especialmente no Sudeste. Com as recentes altas, os preços do animal vivo em algumas praças voltaram aos patamares observados em novembro de 2020 e, no caso da carne, em janeiro/21. Segundo pesquisadores do Cepea, além do bom ritmo das exportações, as temperaturas mais amenas, que favorecem o consumo de carne suína, o auxilio emergencial e a expectativa de flexibilização da quarentena também favoreceram as vendas internas da proteína.
CITROS: CLIMA ENFRAQUECE DEMANDA POR LARANJA, E PREÇO RECUA
O clima mais frio dos últimos dias e o feriado dessa quarta-feira, 21, enfraqueceram a demanda por cítricos no estado de São Paulo. No caso da tangerina poncã, a maior disponibilidade também pressionou as cotações. Na parcial da semana (de segunda a quinta-feira), a poncã teve média de R$ 31,58/cx de 27 kg, na árvore, leve recuo de 0,3% em relação ao período anterior. Para a laranja, além da concorrência com a tangerina poncã, a oferta de precoces também tem se elevado, ainda que aos poucos. A média parcial da pera nesta semana está em R$ 38,45/cx de 40,8 kg, na árvore, praticamente estável (-0,2%) frente à anterior. Já para a lima ácida tahiti, a variedade se desvalorizou 1,8% na parcial desta semana, negociada à média de R$ 13,77/cx de 27 kg, colhida. As vendas limitadas (devido às restrições por conta da pandemia de covid-19) têm deixado a disponibilidade de tahiti acima da demanda.