Como típico para segunda quinzena de mês, a demanda doméstica por carne de frango está enfraquecida, de acordo com pesquisas do Cepea. Apesar disso, as cotações do animal vivo apresentaram reação nesta semana, após terem recuado por três meses consecutivos. Segundo colaboradores do Cepea, os altos preços do milho e do farelo de soja, importantes insumos da atividade avícola, têm levado muitos produtores a reajustarem positivamente os valores do animal para abate. Ressalta-se que essas altas nos valores do animal estão na “contramão” do movimento observado para a carne de frango, que registra estabilidade em meio ao cenário de baixa liquidez. Vale lembrar que, de acordo com pesquisas do Cepea, de novembro de 2019 a janeiro deste ano, o cenário no setor era o inverso, com altas sendo verificadas nos preços da carne e os valores do frango vivo registrando estabilidade e/ou queda. No mercado da carne de frango, a proximidade do carnaval dificulta ainda mais as vendas na maioria das regiões. A lentidão nos negócios tem resultado em certa estabilidade nos preços, tanto do frango inteiro quanto da maioria dos cortes.
CITROS: CONSUMO SE ENFRAQUECE, MAS OFERTA LIMITADA AINDA SUSTENTA COTAÇÕES
De acordo com pesquisas do Cepea, o consumo de laranja in natura se enfraqueceu nos últimos dias, devido ao clima chuvoso em algumas regiões de São Paulo e à menor qualidade das frutas. Contudo, a oferta limitada de laranja pera com boa qualidade ainda sustenta as cotações. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média de comercialização da variedade é de R$ 33,42/cx de 40,8 kg, na árvore, praticamente estável (+0,1%) em relação à do período anterior. Quanto à colheita da tangerina poncã, deve se iniciar nas próximas semanas, segundo agentes consultados pelo Cepea, principalmente no sul de Minas Gerais, onde o desenvolvimento das frutas é mais acelerado. Para a lima ácida tahiti, o pico de oferta, a demanda desaquecida e a qualidade aquém do esperado (devido aos elevados volumes de chuvas nas últimas semanas) resultaram em nova queda nos preços. A tahiti é negociada a R$ 9,94/cx com 27 kg, colhida, desvalorização de 6,1% em relação à semana passada.