Na expectativa pelo CPI nos EUA, especialmente após o vazamento de um suposto resultado muito acima das expectativas, dito falso pelas autoridades americanas, o foco se volta à série intensa de dados que precede a divulgação.
Na China, a balança comercial surpreendeu positivamente, com exportações muito acima das expectativas e importações fortemente abaixo, levando a significativos saldos, tanto em dólares, quanto em Yuan (Real: $97,94 bi, proj.: $76,8 bi).
No Reino Unido, o PIB mensal e trimestral em maio superou em muito as projeções respectivamente aos 0,5% (proj.: 0,1%) e 0,4% (Proj,: 0,0%), o que se observou também na produção industrial de maio (Real: 0,9%; proj.: 0%), na construção civil e em serviços, além de um déficit comercial aproximadamente 10% do projetado.
Na Alemanha, a inflação de 0,1% ao varejo, com núcleo de -0,1%, levando os anuais para 7,6% e 8,2%, dentro das expectativas cria uma sensação temporária de alívio, assim como a produção industrial na Zona do Euro, onde se projetava 0,3% no mensal e anual, quando o resultado foi 0,8% e 1,6% respectivamente.
Esta série intensa de dados retira dois pesos importantes dos ombros dos formuladores de política monetária, ainda que temporariamente, ao afastar os temores de uma recessão, combinada com inflação.
Parte dos dados atuais vai na contramão desta premissa e BCs ganham um pouco de tempo adicional tanto para avaliar o futuro, mas não para rever a necessidade de aperto no curto prazo, por se tratarem de dados de alta frequência.
Isso tudo, obviamente não retira o peso da inflação ao varejo americana que, mesmo longe do suposto vazamento ocorrido ontem e que indicava uma taxa mensal de 1,7%, projeta uma significativa pressão de 1,1%, jogando o anual para 8,8%, como pode ser observado em nossa agenda na segunda página.
Localmente, mais um indicador corrobora com a premissa que contraciclicamente alimentávamos no início deste ano, quando não acompanhamos o mercado nas projeções de recessão em 2022.
O dado de serviço de maio superou as projeções e cresceu 0,9%, 9,2% em 12 meses e se une a mais um dado na linha de um crescimento superando facilmente 1% do PIB deste ano, especialmente após a injeção de recursos como da PEC aprovada ontem, concessões e privatizações no ano passado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos dados de inflação nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com a balança comercial chinesa superando em muito a média das projeções.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, em alta o ouro, cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e alta em Nova York, após romper $100 o barril.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,04%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4388 / 1,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,01 / 0,239%
Dólar / Yen : ¥ 137,07 / 0,139%
Libra / Dólar : US$ 1,19 / 0,160%
Dólar Fut. (1 m) : 5461,93 / 1,18 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,00 % aa (0,56%)
DI - Janeiro 24: 13,70 % aa (-1,44%)
DI - Janeiro 26: 12,91 % aa (-1,34%)
DI - Janeiro 27: 12,91 % aa (-1,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0598% / 98.271 pontos
Dow Jones: -0,6175% / 30.981 pontos
Nasdaq: -0,9485% / 11.265 pontos
Nikkei: 0,54% / 26.479 pontos
Hang Seng: -0,22% / 20.798 pontos
ASX 200: 0,23% / 6.622 pontos
ABERTURA
DAX: -1,062% / 12768,48 pontos
CAC 40: -0,782% / 5996,92 pontos
FTSE: -0,747% / 7156,01 pontos
Ibov. Fut.: 0,06% / 99371,00 pontos
S&P Fut.: 0,14% / 3829,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,253% / 11804,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,59% / 112,62 ptos
Petróleo WTI: 0,55% / $96,37
Petróleo Brent: 0,75% / $100,24
Ouro: 0,13% / $1.728,08
Minério de Ferro: 3,36% / $108,50
Soja: 2,62% / $1.634,50
Milho: 0,99% / $740,00
Café: -3,53% / $209,25
Açúcar: 0,54% / $18,79