Olá, é um prazer fazer parte do time de colunistas do Investing.com. Meu nome é Marcia Silva, sou gerente de Desenvolvimento de Negócios e Investimentos na cooperativa de crédito Sicredi Vale do Piquiri Abcd SP/PR e, a partir desse mês, quero dividir com vocês informações e reflexões sobre minhas grandes paixões em finanças pessoais: investimentos e educação financeira.
Como sou uma profissional do mundo financeiro, pode parecer que sempre tive facilidade com esse tema. Mas a verdade é que gosto tanto de falar de finanças pessoais porque vejo que muita gente precisa saber mais sobre o assunto. E eu mesma, por exemplo, demorei muitos anos para ter a base que eu tenho hoje. Se eu tivesse recebido conselhos práticos sobre como cuidar do dinheiro mais cedo, certamente, teria passado por menos dificuldades.
Finanças pessoais não é conversa para a maioria das famílias brasileiras, assim como também não era para a minha. E isso acontece por pura falta de hábito, de cultura. Sem a referência dentro de casa, desde cedo, fica mais difícil aprender a lidar com o próprio dinheiro.
Por exemplo, vemos muitas famílias que trabalham bastante, ganhando seu dinheiro honestamente. Mas que não conseguem construir um patrimônio, ou o fazem com muita dificuldade. E isso acontece muito pela falta de práticas básicas como poupar ou planejar.
Eu, por exemplo, comecei a trabalhar com 12 anos de idade. Ganhava pouco dinheiro, mas, como era criança, não tinha nenhuma despesa, poderia ter guardado. Mais tarde, foi difícil pagar a faculdade, e essa economia poderia ter me ajudado. Aliás, acredito que as crianças já deveriam começar a aprender a lidar com dinheiro desde os 6 anos.
Se eu pudesse voltar no tempo e falar comigo mesma, me daria três conselhos sobre finanças pessoais. São itens em que vejo que muitas pessoas têm dificuldade:
- Pense na previdência privada com cuidado, não aceite a primeira oferta;
- Quando receber algum valor extra, cuidado com o “gatilho” da ansiedade para gastar, para não tomar decisões erradas. Vejo muita gente comprar o que não precisa. Quer comprar, compre, mas com consciência;
- Divida com as pessoas do seu ambiente essa cultura. Cuide do seu dinheiro, mas divida conhecimento com seus pais, irmãos, amigos, todo mundo. Se você envolver outras pessoas, planejar as finanças se torna prazeroso, não uma obrigação;
Podem parecer coisas pequenas, mas fariam uma enorme diferença para mim, porque eu não tinha essa noção. E, por isso, gosto de compartilhar essas informações, para que possam fazer a diferença na vida de outras pessoas também. E você, o que gostaria de aprender sobre finanças pessoais, o que poderia mudar sua vida?