Após o término das publicações dos balanços corporativos referente ao 1T21, os receios de um crescimento abaixo do esperado para esse ano, estímulos sendo retirados, e temores de um risco inflacionário mundial acabaram se esfriando na última semana, e finalmente o IBOV conseguiu superar sua máxima histórica conquistada no início de janeiro mesmo com volume abaixo da média diária.
Mesmo com a CPI da COVID-19 instaurada em Brasília, nosso ministro Paulo Guedes tem se esforçado junto aos líderes da Câmara e do Senado para que dê sequencia nas reformas administrativas e tributárias, bem como já havia sido dado o início de privatizações importantes como a Eletrobras (SA:ELET3) indo para aprovação no Senado Federal, uma vez já aprovado na Câmara.
Mesmo em ritmo lento, mas em evolução, a vacinação no país tem caminhado, e isso tende a reforçar uma reabertura mais consolidada das economias nos grandes centros, fazendo com que o ritmo de trabalho, voltem a melhorar também. Essa esperança foi transmitida nos mercados de ações em setores como shoppings, setor aéreo com as empresas ainda se recuperando do choque da pandemia nos últimos 12 meses, com um mês de maio de retornos expressivos.
O ritmo contagiante das commodities no mercado internacional, também promoveu ainda mais otimismo, menor aversão ao risco por parte dos investidores buscando melhores retornos e impulsionaram o barril do Petróleo Brent para acima de USD 70,00 e isso foi traduzido aqui no Ibovespa nas ações da Petrobras (SA:PETR4) que acompanharam o movimento de alta da commodities.
A China tem tentado conter o ritmo das commodities metálicas como o minério de ferro, entendendo que o movimento além de uma demanda forte, também tem sido provocado por movimentos especulativos e que estão dispostos a sanções e intervenções no mercado para conter esse tipo de abuso no preço do metal.
Isso também influenciou o a queda do dólar, com uma valorização do real de quase 3%, fechando a semana em R$ 5.2123 por dólar.
Já nos EUA, o FED tem se mantido atento ao risco de inflação, porém comentários de que esse risco inflacionário vem sendo substituído por "picos de inflação", e isso reforçaria a tese de além da continuidade de juros baixos por um período ainda distante, mas principalmente pela continuidade ou redução na pior hipótese dos estímulos monetários na ordem de US 120 bilhões de dólares em recompra de títulos continue por parte do Federal Reserve. Números como empregos e PIB vieram ligeiramente abaixo das expectativas do mercado contribuíram para dar alívio ao mercado.