Brasil e China completaram na última sexta-feira, a primeira operação comercial realizada sem intermédio do dólar, portanto, somente com moedas locais dos países, com a conversão direta de remimbi para real. Trata-se de uma operação de uma empresa de celulose, que embarcou 43 contêineres para a China em agosto e recebeu seu pagamento no último dia 29 de setembro.
Após esse tipo de transação, sempre aparece frases relacionadas a um eventual "fim do dólar". Neste caso, vejo que é preciso ser um pouco mais racional e se perguntar o que pode mesmo acontecer, de fato. Com isso, concluímos que, quando o intermediário como dólar é tirado da jogada, você aumenta a competitividade do negócio, porque você reduz custos. Toda vez que você tem um intermediário no processo, ele sempre tem um ganho. Então, quando você tira esse player do meio do caminho, você tem aumento de rentabilidade e redução de custos, como um todo.
Outro ponto bem importante é a aproximação comercial dos países, uma vez que você tem a liquidação bilateral. Então, temos contas sendo abertas entre bancos, acesso a produtos financeiros novos para ambos os mercados e fomento de turismo depois de algum tempo, entre outros benefícios da maior aceitação das moedas locais em demais países.
Além disso, eu sempre gosto de ressaltar que, a partir do uso direto do Yuan, passamos a ter acesso a novos mercados, a fomentar negócios que, até então, estavam um pouco mais adormecidos ou pouco explorados. Vou dar um exemplo disso: com as sanções que estão acontecendo por conta de guerra e etc., temos uma série de limitações para pagamentos, para acesso a alguns mercados, controlados principalmente por um intermediário. Então, se você não tem esse intermediário, existe uma possibilidade de fazer outras negociações com esses países, desde que se respeite os princípios da legalidade, como as regras de compliance e etc.
Por fim, como um quarto ponto importante para a reflexão, e que eu acho legal ressaltar, é que o Brasil tem uma possibilidade de sempre estar no equilíbrio da balança. O Brasil tem boas relações comerciais com a China e com os EUA, então, havendo equilíbrio é possível pensar em abrir possibilidades em ambas as frentes. Diante desse contexto, acredito que não será adotada uma política de um lado só e, enfim, não teríamos a substituição do dólar. Acredito que no Brasil, o dólar pode e vai continuar sendo utilizado, mas outras moedas serão usadas também. É um mecanismo importante para o País, se aproximar bilateralmente de outros países e blocos econômicos.
Outro ponto bem importante é a aproximação comercial dos países, uma vez que você tem a liquidação bilateral. Então, temos contas sendo abertas entre bancos, acesso a produtos financeiros novos para ambos os mercados e fomento de turismo depois de algum tempo, entre outros benefícios da maior aceitação das moedas locais em demais países.
Além disso, eu sempre gosto de ressaltar que, a partir do uso direto do Yuan, passamos a ter acesso a novos mercados, a fomentar negócios que, até então, estavam um pouco mais adormecidos ou pouco explorados. Vou dar um exemplo disso: com as sanções que estão acontecendo por conta de guerra e etc., temos uma série de limitações para pagamentos, para acesso a alguns mercados, controlados principalmente por um intermediário. Então, se você não tem esse intermediário, existe uma possibilidade de fazer outras negociações com esses países, desde que se respeite os princípios da legalidade, como as regras de compliance e etc.
Por fim, como um quarto ponto importante para a reflexão, e que eu acho legal ressaltar, é que o Brasil tem uma possibilidade de sempre estar no equilíbrio da balança. O Brasil tem boas relações comerciais com a China e com os EUA, então, havendo equilíbrio é possível pensar em abrir possibilidades em ambas as frentes. Diante desse contexto, acredito que não será adotada uma política de um lado só e, enfim, não teríamos a substituição do dólar. Acredito que no Brasil, o dólar pode e vai continuar sendo utilizado, mas outras moedas serão usadas também. É um mecanismo importante para o País, se aproximar bilateralmente de outros países e blocos econômicos.