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Vale a Pena Apostar em Lajes Corporativas em Tempos de Home Office?

Publicado 25.08.2020, 11:29

Com o advento da pandemia, as empresas se viram na necessidade de implementar amplos programas de Home Offices a seus funcionários para atender às medidas de distanciamento social decretadas pelas autoridades.

Deste fato, já surgem questionamentos sobre como será a dinâmica do mundo corporativo no pós-pandemia e quais serão os possíveis impactos do trabalho a distância sobre o mercado de lajes corporativas.

Há quem acredite que o isolamento social apenas antecipou a inevitável tendência de aumento na quantidade de trabalhos remotos. Sendo o home office, portanto,um caminho sem volta.

Temos visto, inclusive, um importante movimento de grandes empresas Brasil afora anunciando a adoção permanentemente desta modalidade de trabalho às suas operações...

Outros tantos, porém, apostam que o teletrabalho é um fenômeno momentâneo e, passada a pandemia, as pessoas voltarão normalmente às suas rotinas nos escritórios. Seja por falta de uma melhor estrutura de trabalho em casa, seja pela importância das relações interpessoais.

E você, investidor, o que acha?

Será que as mudanças impostas pela pandemia serão passageiras para as lajes corporativas? Ou será que estamos presenciando o fim dos escritórios como os conhecemos?

Tudo é uma questão de narrativa

Aqui entre nós? Eu não sei qual será o impacto efetivo do home office sobre o mercado de Lajes Comerciais no pós-pandemia. Ninguém sabe!

Até poderia dizer que, tendo em vista a redução dos custos com aluguel e outras despesas fixas das empresas e o aumento da satisfação do funcionário ao trabalhar de casa, o novo normal no pós-pandemia será o home office integral e o fim das lajes corporativas.

Ou, ainda, que o aprendizado com o distanciamento social levará as empresas a exigirem layouts de escritórios com o dobro do tamanho anteriormente praticado. O que mais do que compensaria as perdas das lajes corporativas para o trabalho remoto, beneficiando o segmento.

Tudo é uma questão de narrativa!

Mas a verdade é que, na minha opinião, as afirmações acima são meros exercícios de futurologia.

E como não sou bom em prever o futuro, prefiro tomar minhas decisões de investimentos com base em informações e evidências materiais que possuo no momento.

Nem oito, nem oitenta

Em um estudo feito com 231 pessoas entre os dias 26 de maio e 12 de junho deste ano, a gestora de recursos imobiliários RBR Asset Management concluiu que o trabalho remoto foi aprovado por 67 por cento dos entrevistados.

Entre os principais benefícios do home office mencionados pelos trabalhadores esteve a ausência de preocupação com o trânsito (44,8 por cento) e a maior flexibilidade de horários (29,6 por cento).

Fonte: RBR Asset Management.

Por outro lado, quando questionados sobre qual seria a frequência de trabalho remoto semanal desejado em um cenário em que a vacina para a Covid-19 já tenha sido descoberta, apenas 28 por cento dos entrevistados optaram pela implementação do home office por mais de duas vezes na semana.

Fonte: RBR Asset Management.

Ou seja, a maioria dos entrevistados até deseja a prática do home office, mas apenas ocasionalmente.

Assim, apesar dessa discussão ainda ser pouco óbvia, sendo necessário um acompanhamento de perto ao longo dos próximos meses, com base na pesquisa da gestora, os escritórios evidentemente não irão acabar tão cedo.

O que nos leva ao próximo ponto.

O mercado de fundos imobiliários segue cobrando um prêmio excessivo sobre o segmento de Lajes Corporativas. Seja pela possibilidade de perdas de rendimentos devido ao home office ou pelas incertezas sobre a capacidade das empresas pagarem os aluguéis.

Mas será que isso faz sentido para todos fundos de Lajes Corporativas?

Há escritórios e escritórios...

Eu penso que não.

Os escritórios, de modo geral, até podem ser menos demandados daqui em diante devido aos impactos da pandemia sobre as empresas. Mas isso com certeza não ocorrerá de forma homogênea entre os fundos imobiliários de lajes corporativas, pois existem escritórios e escritórios...

Apesar da crise vir causando alguma pressão sobre a vacância em boa parte dos escritórios no curto prazo, é possível encontrarmos, neste momento, imóveis de muita qualidade e bem localizados que são objetos de verdadeiras disputas entre os locatários.

Por possuírem um padrão construtivo acima da média e, principalmente, estarem localizados em regiões de maior prestígio na cidade de São Paulo, tais como a Faria Lima, Paulista e Itaim Bibi, estes imóveis são muito mais resilientes do que seus pares em momentos de crise, como o atual.

O que temos visto é que, mesmo se lá na frente o impacto da crise e do home office for maior nas empresas, esses imóveis dificilmente ficarão vazios. Ao invés disso, tenderão a roubar inquilinos de outros prédios inferiores, como já vem acontecendo desde o início do ano.

E se antes a dúvida era quão rápido o valor do aluguel iria subir nestes imóveis, com a crise a discussão agora é que eles não irão subir tão rápido quanto o imaginado, mas continuarão elevando a pedida dos aluguéis entre revisionais e celebrações de novos contratos.

Tomando decisões em tempos de incerteza

Na ausência de uma maior previsibilidade sobre o futuro, o melhor que podemos fazer como investidores é tomarmos decisões com base nas informações disponíveis ao invés de tentar adivinhar o que acontecerá no futuro.

E é exatamente isso que buscamos antes de decidir em quais ativos investir.

Um abraço e até a próxima.

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