A temporada de feriados em novembro chega ao fim e os mercados voltam a operar a pleno vapor a partir desta segunda-feira (27). Mas o ritmo dos negócios não deve durar muito tempo, faltando menos de um mês para o Natal e cinco semanas até o final de 2023.
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Ainda mais porque os investidores resolveram antecipar o rali de fim de ano, levando o Ibovespa a acumular os maiores ganhos mensais desde a pandemia. O freio na última sexta-feira (24) manteve o índice acionário perto dos níveis mais altos desde julho de 2021.
Em Nova York, os três principais índices terminaram o pregão a meio mastro da sexta-feira com ganhos pela quarta semana consecutiva. O Nasdaq sobe mais de dois dígitos no mês, enquanto o Dow Jones e o S&P 500 estão quase lá.
Nesta manhã, os futuros dos índices voltam do feriado prolongado de Ação de Graças com uma repentina indigestão. Ainda assim, Wall Street se prepara para uma recuperação saudável em novembro e a expectativa é de que esse impulso dure até o fim do ano.
O entendimento de que o Federal Reserve colocou um ponto final no aperto monetário alimenta o apetite dos investidores por risco, em especial pelas ações globais. Por aqui, a queda de braço entre governo e Congresso tem uma semana decisiva.
Não restam dúvidas de que o veto do presidente Lula à desoneração da folha terá um preço. A dobradinha com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) visa dividir a responsabilidade com o Legislativo pelo equilíbrio fiscal.
Ou seja, o Congresso pode até manter a benesse que 17 setores têm desde 2012 - sem a contrapartida de gerar “milhares de empregos” desde então - mas terá de aprovar outras medidas para elevar a arrecadação. Entre elas, a reforma tributária, que voltou à Câmara.
Mercados têm inflação e atividade na semana
Além da cena política em Brasília, dados de inflação e de atividade no Brasil e no mundo estão em destaque nesta semana. Os números são importantes para reforçar a aposta dos mercados, de fim do ciclo de alta dos juros nos EUA e de queda mais profunda da taxa Selic em breve.
O IPCA-15, já nesta terça-feira (28), tende a calibrar essas expectativas, juntamente com o índice de preços preferido do Fed, o PCE, que sai na quinta-feira (30). Também merecem atenção índices de atividade aqui, na China, na Europa e nos EUA - todos na sexta-feira, quando Jerome Powell também participa de um evento.