A semana abre marcada pela expectativa com a decisão de juros nos EUA, onde o Federal Reserve deve elevar a taxa básica em 0,25 pp para 1,25% aa, em consequência do ciclo de normalização dos juros.
Ainda que boa parte dos indicadores econômicos sustente a manutenção por conta de uma atividade econômica em expansão moderada e sem inflação, o Fed sofre em lidar com novos paradigmas pós alívios quantitativos (QE – Quantitative Easing) e do excesso global de liquidez.
Este mesmo excesso é que evita uma correção mais completa dos preços dos ativos, mesmo em meio a tantas externalidades como o mundo vem lidando neste momento.
Aos investidores, resta aguardar, pois além de se lidar com um cenário novo, existe a dificuldade do timing do desmonte efetivo de posições, a qual poderia suscitar a real correção de preços.
CENÁRIO POLÍTICO
Mantida a chapa e o presidente, o que se mira agora em termos políticos continua a ser o de sempre, a aprovação das reformas estacionadas no congresso, de modo a suportarem o corte de juros por parte do COPOM.
O governo agora tenta manter a base de apoio dos partidos e usa as aprovações e principalmente, as eleições de 2018 como argumento para um não desembarque generalizado. Hoje Temer se reúne com Maia de modo a exatamente discutir os novos avanços na casa.
Sinceramente, nada mudou, continuamos com o governo com teto de cristal, assim como foi desde o impeachment, onde antes nem teto havia mais.
Na Europa, os temores com a formação do novo governo britânico sem apoio no congresso preocupam os investidores, principalmente em relação ao Brexit. Mais uma semana com a política no foco.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, assim como nos futuros das bolsas em NY, com os temores no Reino Unido de dificuldades no novo governo e expectativa pela reunião do FOMC.
O fechamento na Ásia foi na maioria negativo, com a queda das acoes de empresas de tecnologia no final da semana.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, somente se observa alta entre a platina e o paládio, com queda em todas as restantes.
O petróleo opera em recuperação em NY e Londres, com a melhora da confiança dos investidores no setor.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2968 / 1,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,250%
Dólar / Yen : ¥ 109,92 / -0,363%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,377%
Dólar Fut. (1 m) : 3301,23 / 0,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,17 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,21 % aa (-2,13%)
DI - Janeiro 21: 10,30 % aa (-1,62%)
DI - Janeiro 25: 11,03 % aa (-0,90%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,87% / 62.211 pontos
Dow Jones: 0,42% / 21.272 pontos
Nasdaq: -1,80% / 6.208 pontos
Nikkei: -0,52% / 19.909 pontos
Hang Seng: -1,24% / 25.708 pontos
ASX 200: 0,02% / 5.678 pontos
ABERTURA
DAX: -0,889% / 12701,74 pontos
CAC 40: -1,027% / 5245,26 pontos
FTSE: -0,130% / 7517,51 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62241,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2430,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,854% / 5691,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 82,45 ptos
Petróleo WTI: 1,44% / $46,49
Petróleo Brent:1,58% / $48,91
Ouro: 0,16% / $1.268,85
Minério de Ferro: -0,69% / $54,52
Soja: 0,45% / $17,97
Milho: -1,10% / $383,00
Café: 0,95% / $128,00
Açúcar: 1,19% / $14,46