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O Federal Reserve reiterou sua postura cautelosa em relação aos juros na ata da última reunião de política monetária, o que parece não ter exercido muito efeito sobre o dólar.
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Enquanto isso, o mercado de câmbio espera dados de emprego e confiança nos Estados Unidos.
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O Banco Nacional da Hungria cortou os juros em 75 pontos-base, o que foi bem recebido pelo mercado de câmbio.
O Federal Reserve não trouxe surpresas na ata da última reunião de política monetária, confirmando a postura cautelosa sobre o futuro das taxas de juros. Os mercados reagiram com pouca empolgação: as bolsas americanas interromperam uma sequência de altas, e os títulos do Tesouro recuaram levemente. O euro também não mostrou grandes oscilações frente à moeda americana.
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Com o feriado de Ação de Graças nos EUA amanhã, os volumes de negociação devem diminuir, mas hoje teremos os dados de pedidos de seguro-desemprego no país, que devem sair mais cedo do que o habitual. A expectativa é de um aumento dos pedidos contínuos, indicando um enfraquecimento do mercado de trabalho. Também serão divulgados os pedidos de bens duráveis e a confiança do consumidor, que deve se manter nos níveis mais baixos desde maio.
No cenário geral, ainda é cedo para esperar uma queda mais acentuada do dólar. Isso dependeria de dados mais fracos dos EUA ou de uma sinalização do Fed de que não haverá mais elevação da taxa.
Euro: dúvidas sobre espaço fiscal da Alemanha
A decisão do Tribunal Constitucional da Alemanha da semana passada, que limita o espaço fiscal do país, ainda não teve um impacto significativo no euro.
Por um lado, isso pode restringir a capacidade da Alemanha de fazer estímulos fiscais no próximo ano, mas, por outro lado, pode favorecer uma flexibilização das regras fiscais na região.
De fato, a Comissão Europeia concordou recentemente que o Procedimento de Déficit Excessivo não será aplicado antes das eleições parlamentares europeias em junho do ano que vem.
Hoje, o foco estará na confiança do consumidor da zona do euro, mas o principal fator para o euro deve ser os PMIs preliminares de novembro de amanhã - que devem ser fracos.
GBP: corte de impostos sem risco fiscal
Há um ano, a ex-primeira-ministra Liz Truss chocou o mercado de títulos britânicos com sua proposta de cortar impostos sem contrapartidas. Hoje, o chanceler Jeremy Hunt também quer reduzir a carga tributária, mas sem comprometer a meta de estabilizar a dívida pública em cinco anos. Acreditamos que essa política fiscal mais frouxa é positiva para a libra e mantemos nossa preferência pelo euro abaixo de 0,8700 contra a moeda britânica.
Corte de juros na Hungria anima mercado de câmbio
O Banco Nacional da Hungria (NBH) cortou a taxa básica de juros em 75 pontos-base ontem, conforme esperado. O mercado não se surpreendeu com a decisão, e as taxas de juros permaneceram estáveis. Isso é bom para o forint, que vinha perdendo valor em relação às taxas nos últimos três dias e chegou a 380 EUR/HUF antes da reunião.
No entanto, o aumento recente das taxas sugere que o HUF pode se enfraquecer mais, a menos que haja outros fatores favoráveis.
Um NBH estável e um EUR/USD mais forte podem ajudar, assim como um avanço nas negociações com a UE no curto prazo. Em resumo, a reunião de ontem foi positiva para o HUF, que deve interromper a tendência de baixa.
No curto prazo, precisamos de alguns catalisadores para novas altas, como um acordo com a UE, mas no geral somos otimistas com o HUF.
Se tudo der certo, esperamos que o EUR/HUF fique entre 370 e 375 até o final do ano. Por outro lado, a fraqueza atual pode não ter reduzido muito a posição comprada do mercado e devemos ficar atentos a possíveis más notícias.
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Aviso: este artigo, preparado pelo ING, tem fins meramente informativos e não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.