MERCADO INTERNACIONAL - OURO
Onça salta de US$1160 para US$1171 com avanço de aproximadamente 1%, continuando a escalada após ter encontrado fundo em US$1140.
Mercado reflete um olhar mais detalhado sobre o posicionamento do FED de possíveis aumentos de juros, mostrando que ainda há incertezas com a política a ser implantada pelo novo presidente americano.
Sem dúvida, Trump influenciará os juros americanos, mas a dúvida maior fica no quanto, afinal, que estímulos fiscais jogados pelo presidente aquecerão a economia, não há dúvida, mas a real estabilidade do processo ainda esta muito incerta.
Neste cenário, a hipótese da incerteza leva a uma maior calmaria das oscilações da taxa de juros dos títulos americanos, impulsionando a procura por ouro nos últimos dias, que tem valorizado bem nesta primeira semana do mês.
No entanto, tudo ainda segue em uma nítida névoa chamada “Trump”, que pode transformar a onça em uma roleta russa, já que caso tome medidas mais radicais políticas, poderá levar os investidores a procura por ouro como uma forma de proteção. Por outro lado, caso o otimismo se confirme veremos novamente o metal cair, desta vez podendo furar seu suporte e ir abaixo de US$1080.
Até que Trump assuma o governo definitivamente, devemos ficar em alerta com a valorização atual do ouro, já que, um otimismo tão forte como visto anteriormente, não se dissipa de forma tão rápida.
MERCADO NACIONAL - OURO
BM&F BOVESPA – R$120,00 (Fechamento 04/01 -0,90%)
DÓLAR
Dólar fechou novamente em queda, colado no movimento internacional, cotado a R$3,22, registrando desvalorização de 1,29%.
O movimento ocorreu com a divulgação detalhada da ata do comitê de politica monetária, mostrando que há incertezas remanescentes sobre o real desdobramento que o governo Trump trará a economia americana.
O dilema que temos é se, de fato, o novo governo americano conseguirá ampliar seus gastos públicos para acelerar o crescimento economico, e qual será a oposição a esta estratégia. Temos que ter em vista que a dívida pública americana já é maior do que seu PIB, o que já traz, sem dúvida, um número extremamente significativo.
Resumidamente, o FED jogou muita incerteza no ar, de um cenário de aumentos de juros consecutivos que já eram tidos como certo.
Além disso, a recente alta das commodities impulsionada pela perspectiva de maior crescimento economico americano, principalmente em infraestrutura, atrelado a um primero indicador industrial positivo chinês, leva o dólar, em contrapartida a se desvalorizar.
Para quinta, além de indicadores internos relacionados a inflação e produção industrial, sendo principalmente o primeiro, fator determinante para estratégia de juros no Brasil, temos que tambem ter na mira os Pedidos de Seguro-Desemprego Semanal (EUA – 11:30) e Estoques de Petróleo (EUA – 14:00).
Gráfico Ouro - Semanal – BMFBOVESPA