Por mais uma vez, Powell tenta corrigir o que foi considerado o ‘desastre’ do discurso pós-reunião do FOMC e busca demonstrar um movimento supostamente coordenado de todos os membros, em torno de uma elevação de 50 bp nas próximas reuniões de política monetária.
O comitê continua notadamente atrás da curva na coordenação da política monetária e em meio às críticas, à realidade inflacionária e à atividade econômica aquecida, com o desemprego próximo da zona plena, deve agir mais rapidamente.
Ainda assim, onde muitos observam uma postura mais hawkish, vemos por parte do Fed um movimento ainda compassado, praticamente aguardando que os eventos de cauda gorda que ocorreram se dissipem e facilitem seu trabalho.
O processo de redução do balanço deve ser deflagrado na realidade a partir do próximo mês, enquanto a elevação de juros permanece sob a égide dos 50 bp por reunião.
O alinhamento do discurso começa a ficar mais nítido entre os diversos membros do Fed, quando a ‘turma hawkish’ que demanda 75 bp ou mais e a ‘turma dovish’ que prefere zero elevações começam a falar unissonamente em 50 bp.
Com isso, a cobrança aos formuladores de política monetária tende a ficar menos intensa, em especial por parte do mercado, porém a visão de que está muito atrás da curva, especialmente pela regra de Taylor continua firme e forte.
Neste contexto, não podemos confundir a reação da economia americana com um crescimento real, pois acima de tudo, existe o resultado da reabertura econômica e do gradual descongestionamento do fluxo de matérias-primas e intermediarias da China, dando a sensação de um momento macroeconômico acima da realidade.
O Fed, acima de tudo, não quer ser conhecido como aquele que combateu a inflação, mas sim aquele que trouxe o pleno emprego e o crescimento econômico.
Atenção hoje à inflação na Europa, a qual ainda que dentro do projetado, é a maior em 40 anos no varejo e no atacado; ao PIB japonês levemente melhor que as expectativas e ao crescimento da produção industrial; enquanto nos EUA, mercado imobiliário chama a atenção; sem agenda local relevante em termos macro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após as falas de Powell sobre o futuro dos juros americanos.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após resultados mais fortes da economia no Japão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao paládio e à platina.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, na expectativa por um cenário econômico mais positivo com a China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,96%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9397 / -2,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,265%
Dólar / Yen : ¥ 129,14 / -0,170%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,688%
Dólar Fut. (1 m) : 4962,29 / -2,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,36 % aa (-0,60%)
DI - Janeiro 24: 13,00 % aa (-0,54%)
DI - Janeiro 26: 12,22 % aa (-0,33%)
DI - Janeiro 27: 12,19 % aa (-0,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5143% / 108.789 pontos
Dow Jones: 1,3381% / 32.655 pontos
Nasdaq: 2,7586% / 11.985 pontos
Nikkei: 0,94% / 26.911 pontos
Hang Seng: 0,20% / 20.644 pontos
ASX 200: 0,99% / 7.183 pontos
ABERTURA
DAX: 0,182% / 14211,82 pontos
CAC 40: 0,003% / 6430,41 pontos
FTSE: 0,081% / 7524,41 pontos
Ibov. Fut.: 0,52% / 109836,00 pontos
S&P Fut.: -0,23% / 4075,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,514% / 12504,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,23% / 131,32 ptos
Petróleo WTI: 1,33% / $113,89
Petróleo Brent: 0,89% / $112,93
Ouro: 0,25% / $1.818,89
Minério de Ferro: -2,15% / $125,30
Soja: 0,09% / $1.680,25
Milho: -0,16% / $799,25
Café: 1,06% / $228,20
Açúcar: 0,05% / $20,06