“Aumento(s) contínuo(s) de juros” ; ”taxa de desemprego permanece baixa” ; ”retornar a inflação para 2% ao longo do tempo” ; "o Fed está discutindo mais algumas elevações para nível restritivo” ; ”pode haver inflação mais persistente no núcleo de serviços, ex-housing” ; ”precisará de muito mais evidências de inflação mais fraca” ; ”prematura para declarar vitória, precisa atingir meta de inflação”.
Apesar dos abundantes sinais emitidos por Powell na entrevista após a decisão de juros do FOMC que elevou a taxa para 4,75% aa, há leituras no mercado de que o Fed “não foi tão hawkish assim”, talvez por reconhecer a melhora na inflação.
Foi uma série extensa de sinais mais do que claros de que o comitê de política monetária do Federal Reserve deve continuar a elevar os juros nos EUA, além daquilo inicialmente projetado pelos analistas e pelas curvas de juros.
Ainda assim, a reação de parte dos investidores é de dissociação cognitiva, de forma a continuar apostando na brevidade do processo de aperto, mesmo que os dados de mercado de trabalho claramente não permitam tal movimento no curto prazo.
Esta postura quase dependente de estímulos e juros baixos de parte do mercado serve para que nada dispute a atenção com a renda variável nos EUA e se reflete nas reações do fechamento ontem e aberturas na sessão de hoje.
Localmente, o COPOM deixou claro que há sinais de arrefecimento inflacionário, que a atividade econômica de certa maneira já responde às elevações de juros já realizadas, porém dá o peso renovado ao impacto da questão fiscal na desaconragem das expectativas de inflação.
“A conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária. O Comitê avalia que tal conjuntura eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. Nesse cenário, o Copom reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas”
Portanto, o início do afrouxamento monetário está necessariamente conectado às atitudes do novo governo perante à questão fiscal, reformas estruturantes e os sinais emitidos por seus membros nos próximos meses.
Atenção hoje aos dados do mercado de trabalho americano e pedidos diversos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após as decisões de juros no Brasil e EUA e expectativa pela decisão na Europa.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após a decisão de juros nos EUA, elevando a taxa em 25 bp.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam no negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e ao ouro, exceto minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com o enfraquecimento do dólar, apesar dos sinais de alta do Fed.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,62%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0518 / -0,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,082%
Dólar / Yen : ¥ 128,92 / -0,039%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,291%
Dólar Fut. (1 m) : 5112,55 / 0,16 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,59 % aa (0,44%)
DI - Janeiro 25: 12,89 % aa (0,67%)
DI - Janeiro 26: 12,85 % aa (0,94%)
DI - Janeiro 27: 12,90 % aa (1,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1963% / 112.074 pontos
Dow Jones: 0,0203% / 34.093 pontos
Nasdaq: 2,0007% / 11.816 pontos
Nikkei: 0,20% / 27.402 pontos
Hang Seng: -0,52% / 21.958 pontos
ASX 200: 0,13% / 7.512 pontos
ABERTURA
DAX: 1,459% / 15402,27 pontos
CAC 40: 0,574% / 7117,71 pontos
FTSE: 0,460% / 7796,82 pontos
Ibov. Fut.: -1,44% / 112503,00 pontos
S&P Fut.: 0,52% / 4153,75 pontos
Nasdaq Fut.: 1,373% / 12595,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,40% / 109,98 ptos
Petróleo WTI: -0,01% / $76,40
Petróleo Brent: -0,17% / $82,70
Ouro: 0,33% / $1.955,11
Minério de Ferro: -1,63% / $123,95
Soja: 0,38% / $1.526,00
Milho: 0,22% / $681,75
Café: 1,62% / $178,50
Açúcar: 0,37% / $21,41