Após o comunicado de política monetária do Federal Reserve e mais nomes sendo divulgados para compor o novo governo, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,3150.
As últimas sinalizações do governo em relação ao quadro fiscal e a aprovação de mudanças da Lei das Estatais na Câmara dos Deputados reforçam a necessidade de maior cautela no mercado brasileiro de câmbio.
Existem dois tipos de investidores. Os primeiros suspeitam que, se o Fed se convencer de que conseguiu domar a inflação, é possível que pare de elevar os custos do crédito. Isso pode acabar com o fôlego do rali do dólar. Mas muita calma nesta hora, vamos acompanhar mais dados e ir traçando um cenário de mais curto do que longo prazo. Afinal, a política aqui anda falando mais alto de que os fundamentos no exterior.
Na quarta-feira, o Fed subiu as taxas de juros em 50 pontos-base (pb), interrompendo a sequência de vários meses de aumentos de 75 pb. O presidente do Fed, Jerome Powell, comemorou a desaceleração do índice geral de preços, mas alertou que os juros deveriam atingir o pico em níveis maiores do que o esperado. Já o outro tipo de investidor receia que os aperto monetários aumentem os riscos de recessão e mantenham o dólar em alta.
Ainda, dados de produção industrial e de vendas no varejo da China piores que o esperado alimentam sentimento de desaceleração das atividades.
O dólar deve seguir volátil hoje e o mercado aguarda o desfecho da PEC e da questão das estatais.
No calendário para hoje, IPC e PMI industrial e de serviços na zona do Euro; nos EUA, PMI também.
Bom final de semana, pessoal, e ótimos negócios a todos.