Estamos com dois vetores para lados opostos no câmbio. Aqui no Brasil, otimismo com relação a eleição e juros atrativos para investimento, já no exterior, mais do mesmo, temores de recessão e inflação arraigada.
Ontem, mercado animou com a possibilidade de vitória de Bolsonaro conforme mostrou a pesquisa Datafolha publicada na quarta-feira onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava com 49% das intenções de voto (mesmo patamar da sondagem anterior) e Jair Bolsonaro (PL) com 45% (variação positiva de 1 ponto). Como a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o petista e o candidato à reeleição estão em empate técnico. Investidores acreditam que uma eleição mais disputada poderia forçar tanto Lula quanto Bolsonaro a moderar seus discursos e buscar alianças mais ao centro, o que é visto com bons olhos pela maioria dos mercados. A divisa norte-americana à vista perdeu 1,11%, e fechou o dia cotada a R$ 5,2168 na venda.
O Brasil está na contramão do mundo: tem uma inflação que está desacelerando, chegou no final do ciclo de alta de juros (com uma Selic em 13,75%, e bastante atrativa para investimentos) e tem uma atividade econômica que tem trazido bons resultados, revisando PIB para cima em todas as últimas leituras.
Mas… no exterior tudo continua como antes, a inflação elevada nas principais economias segue forçando os bancos centrais a apertar suas respectivas políticas monetárias, mesmo em meio a temores de recessão. As ações dos Estados Unidos fecharam em queda ontem, depois que dados sobre o mercado de trabalho norte-americano e comentários de uma autoridade do Federal Reserve reforçaram as expectativas de que o banco central dos EUA será agressivo na elevação da taxa de juros, compensando uma série de balanços corporativos sólidos. Vamos ver…
A Fitch reduziu suas previsões de crescimento dos EUA para 2023 e 2024, citando uma das campanhas de combate à inflação mais agressivas da história do Fed. O Produto Interno Bruto dos EUA deve crescer 0,5% no próximo ano, contra sua previsão de junho de 1,5%.
Para nós do mercado, segue a volatilidade até que seja definido o presidente da república. E vamos ver quais dos vetores citados no início da análise que vai falar mais alto. Alguma opinião para hoje turma? Segue em queda, ou pessoal realiza lucros e sobe?
Desejo ótimos negócios para todos, muito lucro e um final de semana abençoado!