Para hoje, a expectativa é de que alguns agentes do mercado possam atuar na ponta de compra de dólares, para se protegerem antes do feriado prolongado do Carnaval. Enquanto os negócios estarão parados no Brasil (o câmbio turismo estará funcionando para compra e venda de papel em lojas nos shoppings) os mercados de câmbio funcionarão normalmente no exterior. Bancos não funcionam segunda e terça feira e só retomam quarta feira a partir das 12:00 horas. Pode ocorrer um ajuste na taxa do dólar após seguidas altas e muita tensão política no decorrer da semana! A expectativa é de um pouco de paz entre o presidente e o Banco Central. Vamos acompanhar.
Entre tapas e beijos o dólar fechou ontem o dia cotado a R$ 5,2118 para venda. A volatilidade tem sido constante em nosso mercado que na máxima operou na casa de R$ 5,26 e na mínima por volta de R$ 5,197.
Qualquer fala do presidente aqui no Brasil já forma preço. E ontem no final do pregão um comentário de Lula à CNN Brasil, dizendo que não tem interesse em brigar com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, contribuiu para reduzir a temperatura em torno de discordâncias entre o governo e o BC sobre a meta de inflação.
O resultado da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) só foi divulgado após o fechamento dos negócios.
O colegiado é responsável por definir a meta de inflação, em decisão que normalmente é tomada em junho. A reunião terminou sem que o colegiado tenha aprovado medidas relativas à meta de inflação. Diante de fortes críticas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos níveis da taxa de juros e das metas de inflação, o mercado financeiro especulava que o governo poderia eventualmente elevar a meta de inflação em uma tentativa de criar espaço para a redução mais acelerada da taxa de juros. A meta de inflação de 2023 é de 3,25%. Para os dois anos seguintes, o alvo a ser perseguido pelo BC é uma inflação de 3%. Em todos os casos há uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A meta de 2026 será fixada este ano.
Agora com essa “não decisão” sobre a meta de inflação e com a “baixada de tom” por parte do governo para cima do BC, o real pode finalmente apreciar. O que agora pode segurar um pouco a queda mais substancial do dólar será as expectativas de juros do Fed. Por lá a inflação ainda parece estar difícil de controlar. E vamos ver se vai rolar essa trégua, e quanto tempo vai durar.
Para hoje no calendário teremos nos EUA discurso de Bowman, membro do FOMC e por aqui o fluxo cambial estrangeiro.
Ótimo final de semana e um carnaval super alegre e cheio de energia para todos. Até quarta que vem, turma!