Caros leitores, bom dia, a verdade é que não conseguimos ter uma unanimidade na interpretação da ata do banco central americano. Uma parte do mercado entendeu que os juros por lá estão perto de encerrar alta, subindo só mais uma vez, e depois avaliando os impactos disso para ver se haverá necessidade de novos aumentos, enquanto uma outra parte do mercado entendeu que vão subir o quanto for preciso até que a inflação entre na meta.
Em mais um dia volátil, na máxima R$ 5,208 e na mínima R$ 5,1291, o dólar à vista encerrou ontem cotado a R$ 5,1715 para venda.
O mercado segue volátil e tentando entender o quanto a economia americana vai subir os juros por lá, os riscos de desaceleração mais forte na China e em que medida o carry trade para o Brasil pode beneficiar o real. Além de tudo, a eleição por aqui continua sendo componente de volatilidade também.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem que o momento geopolítico e elementos macroeconômicos tendem a gerar fluxo positivo de recursos para o Brasil. Ele voltou a demonstrar preocupação com o quadro fiscal do Brasil à frente, diante do indicativo de que medidas que ampliaram temporariamente repasses sociais serão prorrogadas. Segundo ele, o BC interpretará o que será decidido e colocará esse fator em seus modelos.
Os discursos das diversas autoridades do Fed ontem foram no sentido de continuar subindo os custos dos empréstimos para controlar a inflação elevada. Alguns membros do Fomc estão inclinados a apoiar um terceiro aumento consecutivo da taxa de juros americana em 75 pontos-base em setembro. Mas outra parte fala em 50. A taxa básica de juros do Fed está atualmente entre 2,25% e 2,50%.
A verdade é que o ritmo exato dos aumentos das taxas dependeria dos dados de emprego, que mostraram forte crescimento nos últimos meses, e da inflação por lá. Vamos acompanhar, afinal isso impacta diretamente na taxa de câmbio aqui.
Um excelente final de semana para todos e cuidado com o frio.