As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia não avançaram e o clima foi ruim no mercado financeiro do mundo inteiro. O Banco Central Europeu avisou que vai antecipar a retirada de estímulos da economia por lá, a inflação nos EUA veio no nível mais forte dos últimos 40 anos. (mesmo que isso já estava sendo esperado) e a Petrobras (SA:PETR4) anunciou alta de combustíveis (isso vai pressionar a inflação). O que ajudou aqui no final do pregão foi o projeto aprovado no Senado alterando a taxação dos combustíveis, amenizando assim em cerca de dois terços o reajuste de preços do diesel anunciado.
Ontem o dólar operou em alta até meados da tarde, mas no final zerou as firmes altas de mais cedo, chegando ao fim do pregão com variação positiva de 0,09%, a R$ 5,017.
As divisas emergentes mais uma vez conseguiram escapar da pressão ocorrida nas moedas do G10, que no geral oferecem juros bem menores e, por isso, têm sentido de forma mais direta as expectativas de iminente aperto da política monetária norte-americana.
O real pode ganhar impulso extra com perspectivas cada vez mais altas para a taxa de juros no Brasil, conforme projeções mais altas para a inflação na esteira do choque dos preços das commodities por causa da guerra na Ucrânia.
Apesar dos temores de aumento da inflação global, moedas de países exportadores de petróleo, metais, milho e trigo, entre outras commodities, têm sido beneficiadas pela escalada dos conflitos, já que temores de interrupção da oferta impulsionaram os preços desses produtos a máximas em vários anos. Os juros em patamares elevados no Brasil e a perspectiva de novas elevações na Selic têm contribuído também para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real nas últimas semanas.
O calendário de hoje tem IPCA aqui no Brasil, já nos EUA sai a medida da confiança do consumidor.
Bom final de semana e paz na terra!