SOJA: Falta de chuva limita produtividade em muitas regiões
As chuvas na Argentina passaram a impulsionar os valores da soja também no Brasil. Além do atraso da colheita, há notícias de perdas nas lavouras daquele país. A estimativa de produção na Argentina já baixou de 60 milhões de toneladas para 56 milhões de toneladas, contra as 60,8 milhões colhidas em 2015, segundo a Bolsa de Cereales. Vale lembrar que a Argentina é a principal ofertante mundial de farelo e de óleo de soja.
Já no Brasil, a falta de precipitações limitou a produtividade da soja, especialmente no norte de Mato Grosso e também nos estados do Norte e Nordeste. Por outro lado, o clima mais favorável contribuiu para o bom desenvolvimento das lavouras do Sul do Brasil.
MILHO: Clima seco pode reduzir potencial produtivo da 2ª safra
O mercado de milho passou por nova turbulência nos últimos dias por causa da falta de chuvas em diferentes regiões brasileiras que poderá reduzir a produtividade da segunda safra. Colaboradores do Cepea comentam que, em alguns casos, especialmente no Cerrado, produtores podem até mesmo dessecar parte das lavouras e/ou eliminar talhões de forma mecânica, antes mesmo da formação de grão.
Diante da menor disponibilidade interna, a Câmara de Gestão de Comércio Exterior (Camex) aprovou o pedido do Ministério da Agricultura para isenção da taxa de importação de milho vindo de países de fora do Mercosul.
No campo, a colheita do milho verão continua avançando, mas em ritmo lento. Com o clima seco e quente, existe a expectativa de redução da qualidade das lavouras de milho verão que ainda estão por colher.
CITROS: Contratos da safra 2016/17 atingem R$ 18/cx
As indústrias paulistas têm aumentado os preços da laranja 2016/17, tanto para as vendas de portão (spot) quanto de contratos para uma safra. Os valores agora chegam a R$ 18,00/caixa de 40,8 kg, dois reais acima do que vinha sendo ofertado até o final de março.
Segundo colaboradores do Cepea, esses reajustes estão atrelados aos baixos estoques e à expectativa de menor produção no cinturão citrícola em 2016/17. Apesar dos valores maiores, a rentabilidade do produtor ainda depende da produtividade dos pomares e dos custos de produção. Neste cenário, citricultores ainda tendem a ser cautelosos com relação aos investimentos nesta temporada.