De janeiro a julho de 2024, foram exportadas 4,9 milhões de toneladas de carnes (Secex), considerando carne bovina, suína e de aves, aumento de 8,0% na comparação com o ano anterior e o maior resultado da série para o período.
O faturamento no período somou US$12,8 bilhões, o que equivale a R$66,0 bilhões acréscimos de 4,6% e de 7,7% em frente ao mesmo intervalo do ano anterior, embora nenhum dos dois seja o maior da série. Ficam atrás do observado em 2022, tanto em dólares, como em reais.
A figura 1 abaixo apresenta as variações dos embarques até julho por tipo de carne, considerando a comparação com o mesmo intervalo do ano anterior.
Figura 1.
Variações dos embarques até julho por tipo de carne, frente ao mesmo intervalo do ano anterior.
Fonte: Secex / Elaboração: HN AGRO
Focando nos resultados de julho, foi o maior volume de carne bovina in natura já embarcado. Foram 237,3 mil toneladas, superando em 12% o recorde anterior, que havia sido atingido há apenas dois meses, em maio.
Preço médio e faturamento não foram recordes, com recuo anual de 7,0% na cotação média da carne exportada em dólares. Em reais houve evolução de 7,4% na comparação anual, pelo efeito do câmbio.
No acumulado até julho foi o maior volume de carne bovina já embarcado (1,38 milhão de toneladas).
Para a carne suína, julho também foi de recordes, mas não apenas para volume (119,4 mil toneladas). Os faturamentos nominais em dólares (US$ 287,6 milhões) e reais (R$1,59 bilhão) foram os maiores da série.
No acumulado dos sete primeiros meses de 2024 a carne suína registou recorde para o volume, com 648,7 mil toneladas e incremento de 4,5% frente ao mesmo intervalo de 2023.
Para a carne de aves, embora os volumes mensais estejam historicamente bons, não foram quebrados recordes este ano. As 436,7 mil toneladas de julho equivalem a um aumento de 7,9% na comparação anual.
No acumulado de 2024, o volume foi praticamente igual (-0,1%) ao recorde de 2023 para o intervalo, 2,86 milhões de toneladas. O preço médio e faturamento não foram recordes para o período.
Considerações
O cenário de embarques em bom ritmo para as carnes deve continuar, com ajuda do patamar cambial.
Na média dos últimos cinco anos, as exportações de carne bovina aumentaram 20,8% no segundo semestre, as de carne suína evoluíram 12,2% e as de carne de aves tiveram desempenho 1,3% maior na segunda metade do ano, em média.
Considerando o intervalo citado, não houve diminuição das vendas no segundo semestre em nenhum ano para carne bovina e suína. Para a carne de aves, houve três recuos e dois aumentos.
Devemos seguir com resultados positivos, com a ponderação de que temos que acompanhar a evolução das suspensões de vendas de carne de frango em decorrência da doença de New Castle.