A tão aguardada definição da equipe econômica parece preocupar a nova base de governo, pelo menos é essa a mensagem passada ao mercado, talvez pela rejeição aos nomes ventilados até então como o de Fernando Haddad, por exemplo. Não é surpresa alguma quando lembramos de nomes como o de Antonio Palocci que atuou como ministro da Fazenda no governo Lula e tinha como formação a área médica. Isso é mais comum no cenário político do que se parece ainda que Haddad apesar da maior atuação no campo educacional, possui mestrado em Economia.
A questão é que sempre que uma equipe de transição é anunciada ou um novo futuro ministro é apontado como grande favorito ao cargo, a nova oposição, ainda na base, faz jogo duro, apoiada pelo eleitorado, e isso será apenas o começo de uma divisão política saudável, desde que o propósito seja sempre o melhor para o rumo do país.
Pois bem, a pouco falada Copa do Mundo começou quase que sem atenção da população, que boa parte desse período esteve focada em pandemia, guerra e política. E, agora, fica a pergunta, os novos ministros virão como desacreditados e ainda poderão desempenhar um bom papel no cargo ou serão nomes fortes e reconhecidos que tentarão colocar à prova suas habilidades técnicas ?
Fazendo uma analogia ao futebol, em 94 chegamos na copa do mundo dos Estados Unidos absolutamente desacreditados, vínhamos de uma classificação sofrida e acabamos levantando a taça. Já em 2014, éramos os anfitriões, seleção recheada de craques e demos um baita vexame. O que quero demonstrar com isso é que expectativas levam a um padrão de exigência alto e assim como a vitória se transforma em êxtase, a derrota parece doer mais. Não me parece existir uma expectativa tão positiva aos nomes dos futuros ministros e o que chama a atenção é apenas a preocupação com a escalação de uma área em especial, vale a reflexão de quão grande se tornará a exigência a esse novo time durante o jogo político em atuação.
O Dólar sempre será um dos que sofrem com o alto grau de exigência, caindo forte ou subindo rapidamente quando um nome é anunciado. Fato é que após esta semana quase que vazia de indicadores, devemos iniciar a próxima semana com mais nomes divulgados e dados econômicos de peso, fechando a sexta feira com o relatório de empregos Americano, o Payroll. Dólar já precifica há dias o risco fiscal ao país e podemos ver novamente posições bem definidas de investidores estrangeiros nos mercados futuro de Dólar que até então permanecem estáveis levemente comprados. Dólar futuro negociado acima das regiões de R$5.350-R$5.370 já sinaliza uma possível proteção das grandes instituições com possível defesa na importante região de preço de R$5.440-R$5.450 ainda que parece ser atraído a região de R$5.235. A copa já começou!
Colaboração: Marcos Alexandre Pinto