Por Felipe Fabbri
Após forte valorização em janeiro, os preços do milho trabalharam sem grandes movimentações em fevereiro. Em Campinas-SP, os preços recuaram 1,0% no acumulado do mês, puxados pelo câmbio em patamar menor e maior disponibilidade com o avanço da colheita da primeira safra.
Do lado das exportações, o ritmo está compassado, mas os preços elevados colaboram com o cenário de cotações firmes.
Até a terceira semana de fevereiro/22, 43,22 mil toneladas por dia foram embarcadas, 0,2% mais que a média de fevereiro/21. Por outro lado, o preço médio por tonelada aumentou 19,6% na mesma comparação.
Apesar do recuo, o cereal está custando 14,1% mais este ano, em relação a janeiro do ano passado.
Apesar do avanço da colheita de milho primeira safra, as revisões para baixo na produção nacional das lavouras na safra de verão e os estoques de passagem enxutos para o começo de 2022, mantiveram o preço do cereal elevado em fevereiro.
Contrapondo o cenário de alta nas cotações em meio à quebra de produção, o dólar em queda em fevereiro limitou o cenário. A moeda norte-americana esteve cotada, em média, a R$5,19 no mês, recuo de 6,2% frente à média de R$5,53 de janeiro/22.
A Companhia Nacional de Abastecimento divulgou em 10/2 o quinto levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos (2021/22).
Com relação ao milho de primeira safra, em fase colheita no Brasil, houve revisão para baixo no relatório de janeiro/22. A produtividade média das lavouras em relação ao estimado no relatório anterior para este ciclo foi revisada em 1,9%.
A expectativa atual é que sejam colhidas 24,43 milhões de toneladas de milho na primeira safra 2021/22, 1,4% menos que o previsto em janeiro/22.
Preços da soja firmes em meio à colheita
Apesar do avanço da colheita da safra 2021/22, os preços da soja em grão no mercado brasileiro trabalharam firmes, acompanhando o mercado internacional e a quebra de safra na América do Sul.