Na sexta-feira (27/07), as cotações do dólar fecharam em queda. A moeda dos EUA se desvalorizou frente às principais divisas, perdendo todas as posições ganhas durante a sessão europeia. As vendas vieram na sequência da divulgação dos dados sobre o PIB dos EUA para o segundo trimestre.
Como os dados coincidiram com a expectativa do mercado, os compradores passaram a fechar posições longas em dólar na véspera do fim de semana. Entrou em ação o princípio do “compre expectativas, venda fatos”.
Acredito que, depois da publicação de dados positivos do Fed, as taxas de juros aos poucos devem aumentar, aquecendo a economia.
No final da semana, quase todas as principais moedas apresentaram queda. A maior queda contra o dólar se deu no euro (-0,56%), seguido pelo dólar da Nova-Zelândia (-0,24%), pelo dólar australiano (-0,22%), pelo franco suíço (-0,15%) e pela libra (-0,15%). No sentido contrário, apresentaram alta o dólar canadense (+0,65%) e o iene japonês (+0,41%).
Indicadores econômicos
Variação do PIB dos EUA no 2º trimestre: +4,1% (estimativa: +4,1%; dado anterior: +2,2%).
Índice de Sentimento do Consumidor Reuters/Michigan (jul) nos EUA: 97,9 (estimativa: 97,1; dado anterior: 97,1).
Análise Técnica
Nas duas últimas semanas, o euro caiu 28 pips, ou seja, a cotação do praticamente nem se alterou. Por conta disso, nem vou gastar muito tempo analisando os indicadores econômicos recém-publicados.
Nesse período, formou-se uma tendência lateral com um intervalo de 109 pips (0,93%). O meio do diapasão está na marca dos 1,1682, que será o alvo para os bulls.
Vale acompanhar a dinâmica da cotação dos títulos da dívida pública dos EUA. Há o risco de uma queda no US10Y de 2,96% para 2,94%, o que provocaria um enfraquecimento do dólar e, analogamente, um fortalecimento do euro. Os pares cruzados do euro são cotados em alta; por isso, a queda na rentabilidade do US10Y permitirá ao euro se valorizar frente ao dólar até o limite superior do intervalo, em 1,1755.
Os principais eventos da semana são: o índice de atividade empresarial da China, da Eurozona, do Reino Unido e dos EUA; a decisão sobre a taxa de juros do Banco do Japão, do Fed, nos EUA, do Banco da Inglaterra e os dados sobre a situação do mercado de trabalho nos EUA em julho.