Na segunda-feira, 24/9, a cotação do euro fechou no mesmo nível de sexta-feira, deixando longa sombra na vela diária. Os principais motivadores da alta do euro contra o dólar foram a libra esterlina e a declaração de M. Draghi, chefe do BCE (Banco Central Europeu) sobre a inflação.
A cotação do euro subiu até 1,1851. Diante do aumento dos rendimentos da dívida pública dos EUA a 10 anos, os compradores recuaram até 1,1744. Na Ásia, a queda se acentuou até 1,1731.
M. Draghi anunciou que espera aumento da inflação e continuidade no aumento dos salários na Eurozona.
Análise técnica
Os vendedores conseguiram cobrir a alta de ontem. No gráfico, está se formando um padrão de reversão. Para que ele funcione, os vendedores precisam se firmar abaixo de 1,1715. A previsão é de queda até a linha da tendência, em 1,1715, com um rebote até 1,1750, para ganhar fôlego e retomar o passo até a linha da tendência. Considerando o padrão em formação no gráfico diário de 4H, minha expectativa é de queda da cotação do euro até 1,1685.
Entre as notícias do calendário econômico para hoje, o destaque será a reunião do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA), cujos resultados serão anunciados na quarta-feira. Espera-se aumento da taxa de juros em 0,25%. Como o aumento foi assimilado pelo preço, a reação vai depender mais de eventuais sinais de aumento da taxa. Qualquer sinal de uma pausa no ritmo de aumento da taxa de juros, que o dólar cai, enquanto o euro se valoriza. Acredito que o anúncio da decisão pode levar o par ao nível de 1,1680.
Um alerta: enquanto o preço estiver acima da linha de tendência (1,1715), os compradores podem retorná-lo para os 1,1783. Levem isso em conta antes de abrirem posições curtas. Negociar euro agora pode ser arriscado, pois relação retorno/risco não é muito boa.