O principal evento para o mercado ontem foi a coletiva de imprensa do presidente do BCE (Banco Central Europeu). Depois da reunião, o conselho administrativo do banco anunciou a decisão de manter a taxa de juros. A taxa de juro principal de refinanciamento foi mantida em zero. Como a decisão correspondeu às expectativas do mercado, praticamente não houve reação a ela.
No início da coletiva de imprensa com o presidente do BCE, M. Draghi, a cotação do euro subiu até o nível 1,1433. A partir daí, desabou 77 pips, até 1,1356. O discurso de Draghi colapsou o euro ao afirmar que a instituição não se tornará um intermediário na regulação do problema italiano.
Por que os participantes do mercado reagiram com vendas do euro diante dessa declaração? O fato é que, se o BCE não intervier a tempo, os grandes bancos poderão ficar em situação difícil devido ao aumento na rentabilidade dos títulos italianos.
Na quarta-feira, a cotação se desviou da linha da média móvel. Ontem, durante a coletiva de imprensa, esse movimento se repetiu. O grau 67 tornou-se um suporte para os compradores, e resistência para os vendedores. Considerando que entre o preço e o AO formou-se uma divergência de alta, a previsão é de retorno até a linha da média móvel. Tracei no gráfico uma previsão para a sessão dos EUA. Por enquanto, não sabemos como será a dinâmica dos índices da bolsa nessa véspera do fim-de-semana.
Como hoje é sexta-feira, então, se não houver notícias negativas da Itália, os compradores podem aproveitar a correção para empurrar o preço do par até 1,1409. Se a semana fechar abaixo de 1,14, teremos um rompimento da linha de tendência da semana. A alta até 1,1440 marcará uma reversão na tendência de baixa.