Na sexta-feira, 31/8, as cotações do par euro/dólar fecharam em queda. Na Europa, o preço fez uma correção até 1,1690, que virou a máxima do intradiário. Depois disso, a cotação desabou para 1,1585.
Com o final de semana prolongado nos EUA e no Canadá por conta do feriado de hoje, a cotação do dólar dos EUA aumentou significativamente em resposta ao aumento da incerteza nas relações internacionais entre EUA, Europa, China e Canadá. A fuga dos ativos de risco foi provocada pela notícia na sexta-feira de que os representates dos EUA e do Canadá expressaram dúvidas sobre o cumprimento do acordo sobre o livre comércio.
Em seguida, houve pressão sobre as principais moedas, por conta da ameaça do presidente dos EUA de retirar seu país da OMC (Organização Mundial de Comércio) e de introduzir tarifas à importação de produtos chineses na ordem de US$ 200 bilhões.
Indicadores econômicos
- Índice de Percepção do Consumidor de Michigan: 96,2 (projeção: 95,5; prévio: 95,3).
- Barômetro de Negócios de Chicago (jul): 63,6 (projeção: 63,0; prévio: 65,5).
Análise técnica
Depois do rompimento da linha de tendência (1,1665), a cotação do euro caiu para 1,1585. A queda foi contida no grau 112; a partir daí, começou uma fase de correção que se mantém enquanto essa análise é escrita.
Os pares cruzados do euro são cotados em alta, com exceção do euro/iene. As incertezas nas relações internacionais entre EUA, Europa, China e Canadá continuam a desempenhar uma influência negativa nos principais pares cruzados do iene. Com a fuga dos ativos de riscos, a moeda única rapidamente ficou sob pressão.
Considerando que hoje, nos EUA e no Canadá, é feriado e não há eventos importantes no calendário, arrisco-me a considerar que no início da sessão europeia haverá um movimento contrário ao de sexta-feira, ou seja, um aumento da cotação.
O grau 45 passa pelo nível de 1,1639. Acredito que a alta na cotação se limitará ao nível 1,1625. Não espero um rebote muito forte, já que na Ásia observa-se um aumento na demanda pelos “portos seguros”. É bom esperar alta volatilidade durante a sessão europeia.