Na quarta-feira (01/08), o euro fechou em queda novamente. O motivo foi o fortalecimento do dólar diante da valorização das títulos a 10 anos do Tesouro dos EUA (US10Y).
O rendimento subiu para 3% na véspera da reunião do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA), mas essa alta também foi uma reação à declaração do Secretário do Tesouro do país sobre os planos de aumentar a venda títulos da dívida de longo prazo num volume que chegaria a US$ 78 bilhões, contra os US$ 73 bilhões do trimestre anterior.
O Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) do Fed manteve a taxa de juros dentro de 1,75-2,00%, como era esperado. Na declaração do comitê sobre a política monetária, falou-se que a instituição espera aumentos graduais da taxa de juros no futuro. A cotação do euro fechou em 1,1659.
Indicadores econômicos
- Índice de Gestores de Compras (PMI) no setor industrial do ISM (jul): 58,1 (projeção: 59,4; anterior: 60,2).
- Variação de Empregos Privados ADP: 219 mil (projeção: 186 mil; anterior: de 177 mil para 181 mil).
Análise Técnica
O prognóstico de 2h funcionou. A cotação do euro subiu até 1,1748 e depois de 39 horas caiu para o limite inferior do intervalo, 1,1650.
Na Ásia, o euro se desvalorizou frente ao dólar até 1,1654. No prognóstico de hoje, espero um rebote a partir da zona de suporte, com alvo no grau 45. Não sei qual será a mínima da sessão asiática; estimaria de 1,1650 para cima.
Não espero uma alta além de 1,1705 porque o par pode chegar até 1,1615. Na quarta-feira, o presidente dos EUA, D. Trump, determinou que sua representação comercial aumente as tarifas sobre 200 bilhões em produtos importados da China, confirmou o representante comercial do país, Robert Lighthizer. A maioria dos pares cruzados com o euro está sendo cotada em alta, mas não há garantias de que os investidores não correrão para os ativos de proteção.
Hoje os principais eventos para o mercado são a reunião do Banco da Inglaterra (BoE) e o discurso do presidente do banco, Mark Carney. A expectativa do mercado é de um aumento da taxa de 0,25 a 0,75 pontos percentuais. Espera-se forte volatilidade, embora o mercado já tenha levado em conta a alta. Não se sabe o que Carney vai dizer, por isso vale acompanhar a dinâmica do par cruzado euro/libra.
O rendimento do US10Y está nos 3%. Há a probabilidade de um aumento da taxa até 3,02%. Se não subir além desse patamar, então podemos esperar uma correção para baixo, até 2,98%, favorecendo a moeda única. Estou torcendo por uma correção para cima.