ASPECTO TÉCNICO
Podemos admitir que enquanto a acção de preços deste par se mantiver acima da linha de tendência de médio prazo iniciada em Julho de 2012, a mesma tendência é de subida.
Será esta a premissa com que nos baseamos prioritariamente até que surjam evidências em contrário que a invalidem. Uma invalidação será através da eventual quebra em baixa de referida linha de tendência de médio prazo, feita de forma consistente.
Durante a semana que findou, este par ensaiou uma lateralização compreendida entre os 1.3403 e 1.3255, sugerindo um ainda incipiente rectângulo de consolidação, sendo por definição um padrão de continuidade (Gráfico 1).
Classifico como incipiente esta formação rectangular dado que apenas os cinco dias de uma semana constituem uma amostragem reduzida, e por outro lado, quando analisamos gráficos de 4 horas, surge-nos um outro potencial padrão do tipo duplo topo, cujas implicações são de queda.
Três hipóteses se colocam:
HIPÓTESE A
O potencial rectângulo de consolidação acima referido, a consumar-se, sugere a manutenção da acção de preços entre os 1.3403 e 1.3255 e posterior quebra em alta, dando continuidade ao movimento altista.
HIPÓTESE B
O duplo topo visto em pormenor em gráficos de 4 horas, a consumar-se, implicará uma queda da cotação até aos 1.3100/50, que corresponde aproximadamente à projecção de preços do referido duplo topo.
Esta eventual queda conduzirá a cotação até à linha de tendência de médio prazo, sendo expectável um teste à mesma e retorno às subidas (Gráfico 2)
HIPÓTESE C
Será necessária uma quebra em baixa da linha de tendência acima referida, feita de forma consistente, para que a teoria de subida que temos vindo a desenvolver nas últimas semanas seja invalidada.
QUAL A PROBABILIDADE ?
Dito isto, tendo em conta que o par se encontra em zona de indefinição, confirmada pelo posicionamento especulativo (Gráfico 3), e na ausência de catalizadores claros, arrisco que uma probabilidade para os próximos dias poderá ser o percurso definido pela Hipótese B.
Nesta semana teremos a saída de alguns dados económicos importantes não apenas da Zona-Euro como também da Alemanha em particular, que se prevê sejam escrutinados à lupa pois tem servido como um barómetro da Zona-Euro por ser a locomotiva dessa zona económica. O histórico, em números, não tem sido brilhante.
A realização de mais uma reunião do Eurogrupo na Segunda-Feira provavelmente não ajudará muito ás subidas, podendo até contribuir para alguma decepção, como já tem acontecido.
E obviamente que não existe nenhuma bola de cristal que preveja a cacofonia dos principais responsáveis da Zona-Euro nem as suas consequências, como vimos na semana que findou.
Por outro lado, a questão do fiscal cliff nos Estados Unidos parece agora estar mais adormecida em virtude de outro mini-acordo, materializado através de mais uma subida do debt ceilling por mais três meses.
Não gostaria de finalizar sem referir de novo uma ideia avançada na análise de 6 de Janeiro que dá conta de uma potencial inversão do comportamento do dólar americano face às principais moedas.
Será interessante continuarmos a aferir o comportamento dessa moeda face ao sentimento de risco, à evolução dos futuros do SP500 e às yields norte-americanas.
Uma eventual alteração de paradigma não será certamente feita através de um movimento brusco ou vincado, porém, a materializar-se, conduzirá a uma alteração da análise de sentimento. Este será um tema para mais tarde.
Boa semana!
EUR/USD Diário" title="Gráfico 1 - EUR/USD Diário" height="623" width="1252" border="0">EUR/USD 4H" title="Gráfico 2 - EUR/USD 4H" height="623" width="1252" border="0">