Não me canso de citar a dualidade existente na economia americana. É algo quase que barroco: ”quero, não posso; desejo, mas não devo”. Alan Greenspan fala que aumento de juros deve acontecer, a desacreditada Janete lança “olha a economia da ganhando força e eu vô subir juros”; outros falam, mas será mesmo?
A meu ver continua sendo o copo meio cheio meio vazio. Tipo, tu vês o que quer, é ao gosto do cliente!
Expectativas de aumento de juros em setembro estava em 30% antes de Janete e Fischer falarem essa semana.
A leitura foi difícil mas mercados elevaram apostas de juros pra cima.
Vou ser polêmico e lançar minha opinião: acho que não sobem juros antes de definirem o presidente. Ou seja, aumento de juros nos EUA só em dezembro!
O dilema do FED foi bem resumido por Jim Rickards em seu Tweeter:
Se você não sabe porque 0,25% nos juros americanos importam, confere aqui: POR QUE 0,25% DE AUMENTO DE JUROS NOS EUA FAZEM TANTA DIFERENÇA?!
Não quero ser massante nem extensivo aqui (mais do que já sou), mas vejamos alguns highlights da economia americana que ajudam a reforçar aquilo que acredito: que não tem aumento de juros até que o presidente americano seja eleito. Esquece, só depois e como acho que a incerteza com o presidente pode afetar ou atrasar alguns investimentos por lá, penso que essa discussão dos juros vai se estender e tenhamos aumento de juros só ano que vem!
US Durable good orders divulgado essa semana passada bateu expectativa do mercado na comparação mensal = BOM
Mas na comparação anual a figura não está tão bonita assim:
De fato a manufatura americana segue não muito animada. Longe de pessimismo, mas os dados de PMI não sugerem nenhuma pujança. Dado recente veio abaixo do esperado e segue a baixo média dos últimos anos.
Setor de serviços não mostra animação não é:
Vendas de casas existentes segue uma toada de recuperação. O que é obviamente bom, mas o último dado decepcionou.
O dado da Universidade de Michigan mostra que a expectativa dos consumidores não anda lá essas coisas.
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