CENÁRIO MACROECONÔMICO
As inflações divulgadas recentemente respondem aos aspectos sazonais e mostram uma pressão adicional em relação às medidas que levaram à queda acentuada de juros por parte do COPOM.
Mesmo assim, a ata vendeu um contexto bastante benigno em termos de preços e atividade econômica, ao ponto de sustentar cortes mais expressivos (ou seja, 0,75 pp) daqui em diante.
O que deve retomar a atenção daqui em diante serão as consequências não só das decisões de política monetária e ajustes microeconômicos, mas às reações do dólar à presidência de Trump.
Deste modo, o elemento cambial, importante para as medidas de inflação, pode se um complemento às perspectivas de juros baixos, em detrimento, porém aos resultados do setor externo. A conta não está fácil.
CENÁRIO DE MERCADO
A resposta global do dólar ontem à falar de Donald Trump sobre a excessiva valorização “causada” pela China (mais uma vez, a China) levou à derrocada global da divisa norte americana, a qual parece se recuperar frente a maior parte das divisas na abertura hoje.
Os US Treasuries abriram em forte valorização em todos os vencimentos. As bolsas na Ásia fecharam sem rumo concreto, divididas entre as falas de Trump e de Xi Jinping, o que da mesma maneira afeta as bolsas europeias.
O petróleo, mais uma vez, tem dificuldade em romper barreiras técnicas de preços, porém baseado nas mesmas razoes, a falta de um consenso no processo de corte de produção da commodity.
No Brasil, o Ibovespa “comprou” a ata mais dovish, na perspectiva de que juros mais baixos transferem investimentos à renda variável. Atenção hoje aos resultados de Charles Schwab, Citigroup, Goldman Sachs e Netflix.
CENÁRIO POLÍTICO
As movimentações para a eleição para a presidência da câmara continuam, porém ainda não existe nenhum movimento que possa alterar a recondução de Rodrigo Maia, principalmente pela falta de alinhamento tanto ideológico, quanto político.
Os ataques aos presídios continuam uma constante na mídia, o que tem suscitado reações do governo, como possivelmente o uso das forças armadas para a contenção de conflitos e isso tira parte da atenção do que podem ser novas delações bomba, como a da Camargo Correa.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2116 / -0,93 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,177%
Dólar / Yen : ¥ 113,20 / 0,515%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,709%
Dólar Fut. (1 m) : 3226,36 / -0,61 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 11,04 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,50 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 21: 10,75 % aa (-0,09%)
DI - Janeiro 25: 11,13 % aa (-0,27%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,82% / 64.354 pontos
Dow Jones: -0,30% / 19.827 pontos
Nasdaq: -0,63% / 5.539 pontos
Nikkei: 0,43% / 18.894 pontos
Hang Seng: 1,13% / 23.098 pontos
ASX 200: -0,36% / 5.679 pontos
ABERTURAS
DAX: 0,076% / 11548,73 pontos
CAC 40: -0,507% / 4835,07 pontos
FTSE: 0,157% / 7231,74 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64937,00 pontos
S&P Fut.: 0,106% / 2265,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,124% / 5046,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,08% / 88,60 ptos
Petróleo WTI: -1,47% / $51,71
Petróleo Brent:-0,79% / $55,03
Ouro: -0,20% / $1.214,62
Aço: -2,84% / $649,00
Soja: 1,42% / $20,06
Milho: -0,07% / $364,75
Café: 0,40% / $149,80
Açúcar: 0,05% / $20,74